Partiu bloquinho? Confira dicas para usar o cartão com segurança no Carnaval

Para quem gosta de cair na folia, a recomendação é redobrar a atenção: é comum ocorrer golpes na maquininha, troca de cartões e furto de celulares

Janize Colaço

Rio de Janeiro (RJ), 05/01/2025 – Cortejo do bloco Mulheres Rodadas, no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 05/01/2025 – Cortejo do bloco Mulheres Rodadas, no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Em fevereiro, tem Carnaval! Embora o feriado de fato só vá acontecer na primeira semana de março, os bloquinhos já estão tomando as ruas em várias cidades do país. Por isso, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reforça, nesta época do ano, a importância de ficar atento com golpes e aproveitar a data em segurança.

Para quem gosta de cair na folia, a recomendação é redobrar a atenção: são nas aglomerações que criminosos aproveitam para furtar celulares. Além disso, eles apostam na distração dos foliões na hora dos pagamentos com cartão para trocá-los ou aplicar o “golpe da maquininha”.

Há ainda casos em que os golpistas trabalham como vendedores, prestando atenção quando alguém digita a senha na maquininha e, depois, trocando o cartão na hora de devolvê-lo. Com o cartão e a senha, eles fazem compras usando o dinheiro da vítima. 

Como os golpes acontecem no Carnaval?

A Febraban frisa que, ao efetuar um pagamento na maquininha, o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos. Inclusive, o cliente não deve aceitar fazer pagamentos se o visor estiver danificado. Além disso, é importante que a própria pessoa insira o cartão, e confira se o cartão devolvido é realmente o seu.

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, ressalta que todo usuário pode configurar, no app do seu banco, o limite de transferência via Pix. A medida auxilia na gestão e controle de transações, e a funcionalidade está disponível no internet banking e nos aplicativos bancários na área ‘Meus Limites Pix’. 

“Antes de sair de casa para curtir os blocos, revise o limite para valores que for realmente usar na festa e não esqueça também de habilitar as ferramentas de segurança do aparelho”, alerta Faria.

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A entidade ainda orienta que o cliente desabilite temporariamente o pagamento por aproximação dos cartões de crédito e débito. Desta forma, mantendo apenas a possibilidade por inserção dos respectivos cartões nas maquininhas. 

“Caso o cliente queira manter a função de pagamento por aproximação, recomendamos que o cadastramento dos cartões de crédito seja feito apenas no aplicativo wallet dos smartphones, utilizando o pagamento por aproximação apenas pelo celular”, complementa.

Isso porque o cartão de crédito só ficará ativo no wallet do aparelho após o desbloqueio do celular pela pessoa, mediante mecanismos de segurança de cada banco.

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O folião também pode pedir o comprovante impresso da transação ou verificar se o valor está correto nas mensagens SMS que recebe no aplicativo do banco. Essa orientação vale também para as operações feitas para pagamentos por aproximação. 

De olho nos celulares

É preciso redobrar a atenção com seu celular. Assim como o cartão, é importante não guardar o aparelho solto em bolsos.

No caso de roubos e furtos de celulares, quando ocorrem em via pública, durante o uso, os criminosos têm acesso ao aparelho já desbloqueado e, a partir daí, realizam pesquisas por senhas eventualmente armazenadas em aplicativos e sites. De posse dessas informações, tentam ingressar no aplicativo do banco. 

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A Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas — desde o seu desenvolvimento até a sua utilização. Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. 

Para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente e outro fator de autenticação definido por cada instituição. A recomendação é ficar atento para não deixar essas informações acessíveis para os golpistas.