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SÃO PAULO – Muito se fala em corte de gastos, principalmente quando se perde o controle das finanças. No entanto, rever certas despesas é importante mesmo quando as contas estão relativamente em ordem: é uma questão de saúde financeira.
Nessas horas, o ideal é que toda a família participe e passe a controlar, unida, as contas da casa.
Se a planilha de orçamento já está pronta, é hora de olhar onde estão os gastos supérfluos e até desnecessários e começar a avaliar. No entanto, é preciso ser coerente.
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Coerência
Quando maior o ganho, maior a despesa. O ideal seria refazer essa frase para “Quanto maior o ganho, maior a poupança”. Para que isso aconteça, algumas medidas devem ser tomadas e, o mais importante, seguidas por toda a família.
Crianças e adolescentes também devem participar, para que passem a dar valor ao dinheiro e ao planejamento. Que tal determinar um objetivo final, uma recompensa, para incentivar a participação de todos?
No entanto, na hora de limitar as despesas, seja coerente. Não adianta privar seu filho de gastar R$ 20,00 no cinema no fim de semana se você vai manter as idas semanais ao cabeleireiro, cujo gasto mensal é de R$ 300,00.
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A caixinha da preferência
Para que o planejamento dê certo, o ideal é que todos avaliem os próprios gastos. Uma forma de fazer isso é incentivar que cada membro da família liste suas prioridades materiais e seus respectivos custos.
Por exemplo: enquanto a mãe coloca o salão de beleza na lista, com seus R$ 300,00 mensais, o pai coloca a mensalidade do clube, o filho adolescente a academia de ginástica e o caçula a coleção de figurinhas que compra toda a semana nas bancas de jornais.
A ideia não é privar ninguém de seus prazeres, mas fazer com que cada um avalie a real necessidade de cada gasto. Será que reduzir a ida ao salão ou otimizar o uso do clube, utilizando a academia do local, é tão difícil assim?
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Mesmo que os gastos com as figurinhas do filho pequeno sejam irrisórios perto das demais despesas, faça com que ele participe. Se ele comprava cromos toda semana, reduza para cada quinze dias ou diminua o número de figurinhas adquiridas semanalmente.
Hora da recompensa
Tornando a prática de eliminar despesas supérfluas um hábito, vai ficar fácil guardar mais dinheiro no final do mês, poupar para emergências e ainda investir de olho no futuro.
Conseguido isso, não esqueça da recompensa. Seja a viagem de férias ou o presente de Natal, aprendendo a dosar e a planejar os gastos, vai ser fácil arcar com estes custos, sem muita dor de cabeça.
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