Cinco sinais de que você não está poupando o suficiente

Especialistas indicam maneiras para resolver as situações mais comuns de quem está gastando mais do que devia

Equipe InfoMoney

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Você já sabe que precisa guardar dinheiro para realizar seus objetivos ao longo da vida, mas nem sempre consegue transformar teoria em prática. Só que talvez ainda não tenha se dado conta disso. Duas especialistas em finanças pessoais apontaram cinco sinais de que você provavelmente não está poupando o suficiente para o futuro.

Eles envolvem vários aspectos, mas, em comum, dizem respeito ao descontrole orçamentário. Dificilmente alguém que não acompanhe com regularidade os próprios gastos será capaz de economizar e investir. Confira abaixo o que fazer em cada situação:

Você não sabe onde gasta seu dinheiro

Se você não sabe por onde seu dinheiro está escoando, são grandes as chances de os seus gastos acontecerem com coisas não tão relevantes assim. Esse é um sinal de descontrole orçamentários que, no final, reflete em uma capacidade de poupança menor.

“Em geral, as pessoas que não têm um controle de orçamento não sabem nem quanto, nem onde gastam”, diz Letícia Camargo, planejadora financeira pessoal. “É comum, aliás, acharem que seus gastos são bem menores do que realmente são”.

A solução é dar início a um projeto pessoal de organização financeira. Levante seus gastos durante um mês ou dois para identificar seus custos mais relevantes. A partir daí, você poderá selecionar os realmente valem a pena – e os que podem ser eliminados. Com esse pequeno estudo, você poderá estabelecer uma previsão de gastos mais bem embasada, incluindo nela uma folga para poupar e conquistar objetivos de longo prazo.

O dinheiro acaba antes do final do mês

Se esse é seu caso, seus custos fixos – como aluguel, energia, telefone e condomínio – devem estar em um patamar alto demais para o nível da sua renda. Ou então você está descuidando dos gastos variáveis, incluindo muitas despesas não programadas no seu orçamento.

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Tanto em um caso quanto no outro, isso pode ser um sinal claro de que, em vez de poupar, você está “despoupando”, conforme Letícia – seja usando suas reservas financeiras para fechar as contas do mês, seja tomando dinheiro emprestado. Nenhuma dessas situações é boa se acontecer de maneira recorrente.

A solução é reavaliar seu orçamento mensal, priorizando o que realmente é imprescindível e fazendo ajustes nos seus gastos. Talvez seja a hora de mudar o plano de telefonia, procurar uma academia mais barata ou até pensar em se mudar para um lugar mais barato.

Vez ou outra você entra no cheque especial ou no rotativo 

Você já parou para analisar quanto gasta em juros cada vez que entra no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito. Se ainda não, vai se surpreender com os dados mais recentes. Enquanto a Selic – taxa básica de juros da economia brasileira – cai para o seu menor nível histórico, os juros dessas modalidades de empréstimo continuam subindo.

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Em junho, os juros médios do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas chegou a 300,1% ao ano. Já a média do cheque especial alcançou 322,2%. Os dados são do Banco Central.

Recorrer a essas alternativas com frequência é um péssimo negócio. Primeiro, porque demonstra que algo não vai bem no seu orçamento. Depois, porque o pagamento de juros consome recursos que poderiam ser poupados e investidos. A solução é rever suas contas e estabelecer uma previsão de gastos que não considere os limites do cheque especial e do cartão de crédito como parte da sua renda.

Você ainda não começou a investir

Apenas 8% da população economicamente ativa do Brasil conseguiu poupar para fazer investimentos financeiros em 2018, segundo uma pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Se você faz parte desse seleto grupo, provavelmente está conseguindo se preparar para o futuro. Mas se você está junto com a ampla maioria, certamente não está guardando dinheiro suficiente – mesmo que de outras formas..

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Segundo Ana Paula Hornos, educadora financeira e coach, uma boa referência para conseguir equilíbrio financeiro ao longo de toda a vida é economizar mensalmente 20% dos ganhos líquidos de impostos. “Esse valor deve ser usado para formar três tipos de reservas distintos, cada um voltado para um objetivo específico”, diz Ana Paula.

Uma parte precisa ser destinada a um fundo de emergência, aplicado em investimentos com alta liquidez. Outra parte deve ir para uma reserva voltada a sonhos e projetos, como viagens, cursos, imóveis ou outros itens de valor elevado. O restante precisa ser voltado à formação da aposentadoria, em investimentos de longo prazo.

Você fica incomodado ao falar sobre dinheiro ou sobre o futuro

Isso pode ser um sinal de que esse assunto não está pacificado para você. E talvez a razão seja exatamente o fato de não conseguir poupar tanto quanto gostaria – ou precisaria.

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Ana Paula destaca três habilidades que podem ser desenvolvidas para que uma pessoa se torne um bom poupador e investidor. A primeira é a paciência, fundamental para conseguir adquirir os bens desejados sem ter de parcelar a compra ou contrair outro tipo de dívida.

O segundo é a flexibilidade, necessária para a pessoa se adaptar a diferentes padrões e modelos de vida ao longo dos ciclos de trabalho. “O terceiro é a gratidão, que ajuda a manter o equilíbrio emocional mesmo diante de eventuais mudanças”, diz.

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