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O Pix, ferramenta de transações instantâneas do Banco Central (BC), será o meio de pagamento mais comum nos próximos dez anos, segundo uma pesquisa da Fiserv, empresa de tecnologia de serviços financeiros, feita pelo Instituto Locomotiva.
Do total de entrevistados, 91% acreditam que o recurso vai se popularizar ainda mais.
O top 3 se completa com carteira digital e leitura de QR Codes como meios de pagamentos que os entrevistados acreditam que terão ampla adesão no futuro próximo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de outubro e 3 de novembro de 2021, com 1.500 respondentes com mais de 18 anos e acesso à internet, representando a população do Brasil segundo a PNAD, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Veja o top 10:
Qual o meio de pagamento mais comum daqui a 10 anos ? | % de entrevistados* |
Pix | 91% |
Carteira Digital | 82% |
Leitura de QR Code | 81% |
Aproximação de smartphone ou smartwatch | 78% |
Cartão virtual | 78% |
Cartão físico por aproximação | 76% |
Leitor de código de barras com smartphone | 71% |
Pagamentos usando cashback | 66% |
Débito automático | 62% |
Cartão na maquininha | 46% |
*Os entrevistados podiam escolher mais de um meio de pagamento.
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O Pix foi lançado em novembro de 2020 em meio à pandemia, que impulsionou a digitalização dos consumidores.
“A experiência para o cliente é muito boa no Pix. É rápido e simples, o que incentiva o uso. E os entrevistados entendem, de acordo com as respostas, que é um recurso que deve crescer cada vez mais. A agilidade e a praticidade da ferramenta hoje em dia é crucial para ela se consolidar como opção do consumidor”, avalia Rogério Signorini, diretor de Produtos e-commerce da Fiserv para América Latina.
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O BC tem uma agenda de inovação e novos produtos para a ferramenta, como o Pix Saque, Pix Troco e Pix Cobrança; além do Pix internacional e Pix offline, que deverão impulsionar este avanço esperado pelos entrevistados, avalia a Fiserv.
Prova do protagonismo que o Pix vem ganhando também vem do e-commerce: as compras online com pagamento via Pix no Brasil saltaram de 1%, em janeiro de 2021; para 4% em dezembro, segundo dados da Neotrust, empresa de monitoramento e prestação de serviço para o e-commerce brasileiro.
Na média, em 2021, o Pix representou 2,3% de todos os métodos de pagamento pela internet no país em 2021.
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A pesquisa também mostra que as categorias em que os brasileiros mais compraram com Pix no e-commerce no ano passado foram: moda e acessórios, alimentos e bebidas, beleza e perfumaria, utilidades domésticas e eletroportáteis. Já as de maior faturamento foram: telefonia, informática, eletrodomésticos, móveis e eletrônicos.
Em linha com a visão dos entrevistados pela Fiserv, o estudo da Neotrust mostra que o pagamento no e-commerce com carteiras digitais também subiu em 2021, atingindo 6,03%. Em 2020, o índice de pagamento com este meio chegou a 5,91%, sendo que em 2019 esse número era de apenas 0,26%.
Apesar da adoção estar em andamento, o Pix está no centro de discussões sobre segurança: houve três vazamentos recentes envolvendo dados da ferramenta, e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já disse que tem preocupação com o uso da ferramenta.
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Outras queixas, como o uso da engenharia social (quando criminosos enganam as vítimas para que efetivem transferências que causam prejuízos financeiros) ou mesmo a distração dos consumidores que enviam dinheiro errado, vem trazendo luz aos desafios que o Pix tem pela frente.
Fim do cheque?
Além de apontar que meios de pagamento serão mais utilizados em 10 anos, o estudo feito pelo Instituto Locomotiva também procurou responder quais meios de pagamento devem deixar de existir ou se tornar menos comuns.
O cheque, por exemplo, foi usado por 10% dos entrevistados nos 12 meses anteriores a pesquisa, e é indicado como o mais provável a deixar de existir por 60% dos brasileiros.
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Já o TED e o DOC — concorrentes diretos do Pix — aparecem em segundo lugar, com 27% da população apostando em sua extinção.
Ainda, um quarto dos brasileiros também acredita que os pagamentos presenciais em agências bancárias ou lotéricas devem deixar de acontecer.
Outro dado aponta uma tendência guiada pela tecnologia: um em cada cinco brasileiros aposta que o dinheiro em espécie deve desaparecer em 10 anos, sendo substituído pelo uso virtual.
“Na prática, menos pessoas saem de casa com dinheiro físico na carteira hoje. Há muitas opções para todos os públicos. Se não tem o dinheiro, tem como pagar pelo celular, por carteira digital, cartões, etc”, diz Signorini, da Fiserv.
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