Publicidade
Elon Musk, CEO da Tesla, confirmou que a companhia vai reduzir sua força de trabalho assalariada em 10% nos próximos três meses. Segundo cálculo do executivo, as demissões prometidas representam enxugamento de 3,5% no quadro total de funcionários.
Em entrevista à Bloomberg, o executivo explicou que os cortes acontecerão porque o crescimento dessa categoria de profissionais foi mais acelerado do que o planejado. A ideia, agora, é aumentar o número de profissionais que recebe por hora, disse o bilionário.
Musk afirmou que, em até um ano, a expectativa é que o quadro total de funcionários cresça e que a redução de agora não será “significativa”.
Continua depois da publicidade
Recentemente, o executivo se envolveu em polêmicas relacionadas à gestão de seus funcionários ao enviar um e-mail impondo trabalho presencial ou demissão. Dias depois, o próprio recuou.
A Tesla vem passando por um processo de expansão, com sede indo para Austin, no Texas. Em todo o mundo, a companhia possui cerca de 100 mil funcionários.
Em meio às polêmicas, algumas demissões já vêm acontecendo, e a empresa vem enfrentando alguns processos na Justiça. Como é o caso de dois trabalhadores da fábrica de baterias em Nevada, que afirmam que a Tesla não cumpriu o requisito de notificação de 60 dias para avisar sobre a demissão.
Continua depois da publicidade
O que determina o período é a Lei de Notificação de Ajuste e Reciclagem do Trabalhador. Um processo aberto no Tribunal Federal em Austin analisa o caso.
Sobre o assunto, Musk afirmou que não vai perder muito tempo em processos que, segundo ele, não têm legitimidade.
Apesar de controverso, especialistas afirmam que as decisões de Musk influenciam o mundo corporativo. O executivo participa da compra do Twitter; desenvolve a SpaceX, com voos ao espaço; opera satélites da Starlink para oferecer, entre outras funcionalidades, internet em áreas remotas; além dos carros elétricos da Tesla.
Continua depois da publicidade
Sobre a concorrência, Musk acredita que a Tesla tem seu lugar garantido e não pensa em rivais. Para o empresário, a companhia tem longas filas de espera, e que o desafio do momento é adequar as cadeias de suprimento à capacidade de produção.