MPF investiga exigência de informar CPF em farmácias; entenda

Procuradoria investiga suspeita de que drogarias abastecem banco de dados com histórico de compras e depois vendem as informações

Carolina Freitas

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A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro conduz uma investigação sobre a prática das farmácias de exigirem que o consumidor informe o CPF na hora de fazer compras.

De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, em “O Globo”, o procurador federal Júlio Araújo convocou uma reunião com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a Anvisa e o Conselho Federal de Farmácias para tratar do assunto.

O inquérito trata da suspeita de que as drogarias usam o CPF dos clientes para abastecer um banco de dados com o histórico de compras deles e, depois, vender essas informações.

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O assunto está em discussão há pelo menos 5 anos e preocupa os órgãos de proteção ao consumidor. Em 2021, o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) acionou a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) para ter informações sobre o destino dado pelas lojas aos dados dos clientes.

De acordo com o Idec, condicionar o informe de dados pessoais a descontos é uma prática abusiva. O comprador pode se recusar a fornecer o CPF na loja nos casos que não envolvam a compra de antibióticos e outros medicamentos de receita controlada.

Apesar da falta de clareza dos estabelecimentos sobre o destino dos dados, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece critérios para coletar, classificar e armazenar informações das pessoas. A lei considera uma boa prática a elaboração de um relatório de impacto descrevendo o tipo de informação coletada, a metodologia para segurança dos dados e os mecanismos de redução de riscos.

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Saiba os direitos do consumidor em relação a dados pessoais informados a empresas:

Fonte: Idec