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Mito ou verdade: Perfil do motorista e ano do carro influenciam o preço do seguro?

Confira lista com 5 mitos e verdades sobre o que realmente impacta no valor desembolsado para proteger o carro

Jamille Niero

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Escolher um seguro de carro é uma tarefa que vai além de comparar preços. Quando se trata desse tipo de seguro, há muitas suposições sobre o que realmente influencia a precificação.

Até que ponto fatores como a idade do veículo, o perfil do motorista e a incidência de roubos e furtos, por exemplo, impactam no preço do seguro cobrado do consumidor pelas seguradoras?

O InfoMoney preparou uma lista com 5 mitos e verdades sobre o que realmente impacta no valor desembolsado para proteger o carro:

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  1. O seguro de carros novos é sempre mais barato? Mito
    Embora veículos zero quilômetro possam ter vantagens devido à manutenção em dia e tecnologias atualizadas, isso não significa que sempre terão o seguro mais barato. Afinal, carros novos não possuem histórico de uso, o que é favorável, mas outros aspectos também são levados em consideração, como a região de circulação e o índice de sinistros (ocorrência dos riscos previstos no contrato, como roubo ou acidente) do modelo, além do perfil do motorista e outros fatores. É o que explica Michel Tanam, gerente comercial da Minuto Seguros, durante sua participação no Tá Seguro?, videocast que descomplica o universo dos seguros (veja acima o episódio completo).

2. O perfil do motorista afeta o preço do seguro? Verdade
O perfil do motorista é, sim, um fator importante na precificação. Seguradoras analisam dados como idade, estado civil e a finalidade de uso do carro. “Uma pessoa jovem e solteira, que circula mais aos finais de semana, tende a ter um seguro mais caro do que uma pessoa casada que usa o veículo apenas para trajetos entre casa e trabalho”, exemplifica Tanam. Quem trabalha em home office, deixando o carro na garagem a maior parte do tempo, e quem usa o automóvel como ferramenta de trabalho – caso dos motoristas por aplicativo – têm precificação diferenciada pelo tempo de circulação na rua e, consequentemente, maior exposição a riscos como acidente e roubos, por exemplo.

3. Alta no número de roubos aumenta o preço do seguro para todos? Verdade
Mesmo que o segurado não tenha o seu carro roubado, o aumento no índice de sinistralidade (percentual de despesas da seguradora com a ocorrência dos riscos previstos no contrato em um determinado período) do modelo pode sim influenciar o custo do seguro para todos os proprietários desse veículo. Tanam explica que as seguradoras fazem ajustes mensais ou anuais nas taxas com base nos dados coletivos – ou seja, de todos os clientes que tiveram o carro roubado – para manter as reservas necessárias para as indenizações. Por outro lado, outros fatores podem contribuir para “equilibrar” esse aumento e impactar menos no bolso – como a classe de bônus, que dá um desconto ao cliente que tiver um histórico de comportamento, sem acidentes, por exemplo.

4. Tecnologias como rastreadores reduzem o custo do seguro? Verdade
O uso de dispositivos de rastreamento pode ajudar a baratear o seguro, principalmente em regiões de alto risco. “Hoje em dia tem muitos veículos saindo de fábrica já com rastreador, com alguns dispositivos para localizar o veículo. Já um usado, mais antigo, não tem essa tecnologia”, aponta Michel. Nesses casos, as seguradoras podem condicionar a contratação do seguro à instalação gratuita de rastreadores, visando melhorar a segurança e reduzir os custos, já que esses equipamentos facilitam a recuperação do veículo em caso de roubo.

5. O atendimento em caso de sinistro é sempre demorado? Mito
Embora no passado o processo de indenização pudesse ser lento, hoje, as seguradoras investem em tecnologia para agilizar o atendimento. Tanam relata que, em alguns casos, a indenização pode ser concluída em até uma semana. O uso de plataformas digitais e suporte via WhatsApp são exemplos de como as empresas estão modernizando o contato com o cliente.

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Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa