Inadimplência do consumidor deve se manter elevada ao longo de 2011

A previsão deve-se ao aumento, em abril, de 1,7% no Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – A inadimplência dos consumidores, que atualmente se encontra em ascensão, deverá se manter em patamares elevados ao longo de todo o ano de 2011.

A previsão deve-se ao aumento, em abril, de 1,7% no Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência, divulgado nesta quarta-feira (15). O indicador atingiu o patamar de 98,7 pontos, sétimo avanço mensal consecutivo.

Na avaliação dos analistas da Serasa, o que contribui para esse quadro são fatores como: o maior grau de endividamento dos consumidores, a elevação da inflação, o encarecimento do crédito e as perspectivas de um crescimento mais brando da economia e do mercado de trabalho neste ano.

No entanto, apesar da elevação do indicador no mês de abril, a rodada de renegociações salariais de importantes categorias neste segundo semestre e o patamar baixo do desemprego deverão impedir um crescimento mais acentuado da inadimplência do consumidor. A perspectiva é de que o indicador se mantenha abaixo dos 100 pontos.

Empresas
A inadimplência das empresas cresceu 2,1% em abril de 2011, o sexto avanço mensal consecutivo, atingindo o nível de 97,4 pontos.

O resultado do indicador sinaliza que a inadimplência das empresas, assim como observa-se com a inadimplência do consumidor, deverá exibir um ciclo de elevação nos próximos meses.

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Segundo os técnicos do Serasa, os juros mais elevados, dado o aperto monetário em vigor, manterão pressões sobre o custo de financiamento das empresas num ambiente de maior desaquecimento econômico, especial durante o segundo semestre deste ano. Essa combinação de fatores favorecem, ainda que de forma modesta, a elevação dos nívesis de inadimplência das empresas.

Sobre o indicador
O indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência avalia, em um horizonte de seis meses, em que fase do ciclo estarão algumas variáveis econômicas, como concessões reais de crédito, inadimplência, crise e recuperação.