Inadimplência alcança 25,8% das famílias na capital paulista em novembro, aponta FecomercioSP

Parcela da população que ganha até dez salários mínimos é a que mais sofre com a inadimplência, alcançando a marca de 31,8%

Estadão Conteúdo

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A capital paulista teve um aumento de 224 mil famílias inadimplentes no comparativo de um ano, maior número registrado em 12 anos segundo informações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O porcentual chegou a 25,8% em novembro, somando 1,04 milhão de lares com dívidas atrasadas.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), aferida todo mês pela Instituição, 9% das famílias alegaram não ter condições financeiras de quitar as dívidas pendentes. A população de renda mais baixa, que ganha até dez salários mínimos, é a que mais sofre com a inadimplência, alcançando a marca de 31,8%, quase três vezes maior que a registrada pela parcela da população de renda mais alta, de 11%.

O levantamento aponta preocupação em relação aos indicadores, já que o grupo mais afetado é também o que possui menos patrimônio e estrutura para investir e, portanto, dificilmente consegue equilibrar as contas. O cenário de juros altos também contribui com a inadimplência, já que coloca os lares em risco financeiro por conta do atraso, que eleva exponencialmente a arrecadação dos bancos em cima da dívida. Sendo assim, o montante para gastos considerados essenciais fica cada vez mais escasso.

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A Federação aconselha que as famílias em débito priorizem o pagamento das contas atrasadas caso constituam vínculo empregatício formal e, dessa forma, venham a receber o décimo terceiro salário. A Instituição também sugere que os trabalhadores endividados procurem os feirões “Limpa Nome” para verificar as oportunidades de renegociação dos débitos com a redução de taxas e multas de atraso.

Ainda conforme os dados da FecomercioSP, o cartão de crédito continua sendo o maior obstáculo para que as famílias paulistanas fechem as contas com saldo positivo, representando 85% dos endividados. Logo atrás vem o carnê (15,6%), o financiamento de carro (11,7%) e o financiamento de casa (10,8%). Apesar de menor, o porcentual ligado ao crédito consignado (7,1%) também chama atenção devido à alta acumulada nos últimos meses.

A intenção das famílias de contratar crédito também aumentou: 9% das famílias responderam positivamente quando questionadas no mês de novembro, avanço de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A finalidade principal, de acordo com 66%, é o consumo. No entanto, 34,1% afirma que o destino da contratação é o pagamento de dívidas e contas.

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Sobre os meios mais vantajosos de consumir, 24,7% escolheram o parcelamento no cartão de crédito. Já outros 16,7% deram ênfase às transações via Pix como forma mais viável de fazer compras.

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