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SÃO PAULO – O MST (Movimento dos Sem Terra) não contribui para a realização da reforma agrária. Pelo menos esta foi a resposta de 56% dos 2.002 brasileiros entrevistados recentemente pelo Ibope.
De acordo com a pesquisa, divulgada na última terça-feira (16), para outros 31% as ações do movimento trazem bons resultados para a reforma agrária, enquanto 13% não souberam ou não opinaram a respeito.
Democracia abalada?
A pesquisa também perguntou se os princípios democráticos são abalados com as “invasões” de terra promovidas pelo MST. A resposta foi positiva para 76% dos consultados, enquanto 16% acreditam que as ocupações não abalam a democracia e 8% não souberam ou não opinaram.
Para 53% dos consultados, o Governo deveria retirar os sem terra das propriedades com o uso da força policial, contra 41% que refutam esta idéia e 6% que não responderam.
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Intenções do MST
Aproximadamente 44% dos que responderam ao questionário acreditam que os trabalhadores participantes do movimento conhecem bem as diretrizes do MST. Cerca de 42% acham que essas pessoas não conhecem as intenções do movimento, enquanto 7% disseram que eles conhecem parcialmente; 8% preferiram não opinar.
A pesquisa também perguntou a opinião da população quanto ao destino dado à terra conquistada pelo movimento. Cerca de 57% das respostas dizem que essa propriedade acaba vendida ou alugada, 26% dos entrevistados acham que as famílias se fixam nessas terras, 9% acreditam que elas abandonam o assentamento e 8% não responderam.
Culpados
Uma das respostas que mais surpreenderam, no entanto, tratou dos “culpados” pelos conflitos no campo. Apesar da rejeição ao MST, 48% das respostas apontaram o Governo Federal como o principal responsável pelas crises. O MST aparece em segundo lugar ao lado dos próprios fazendeiros, apontados em 27% das respostas.
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Apesar desse resultado, 52% das pessoas afirmaram que a reforma agrária deve ser conduzida pelo Governo Federal. Cerca de 21% passariam o controle para a administração municipal e 19% aos governos estaduais. Outros 7% não deram qualquer resposta.