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O governo Lula avalia se volta a adotar ou não o horário de verão, extinto em 2019 pelo governo Bolsonaro.
A medida está sendo considerada devido ao fato de o Brasil estar vivendo a pior seca da história, que impacta as hidrelétricas, e pela chegada do período de calor, quando mais eletrodomésticos são acionados.
Mas quem teve a ideia do horário de verão? Quando ele começou a ser adotado no Brasil? Por que ele parou de ser adotado? E ele realmente gera economia?
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A ideia do horário de verão não é recente.
Um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos e pioneiro da eletricidade, Benjamin Franklin sugeriu, em 1784, que os relógios fossem adiantados no verão para economizar as velas usadas para iluminar as casas e as ruas.
No entanto, ninguém deu muita atenção.
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Mais de um século depois, em 1907, o britânico William Willett publicou um panfleto intitulado “Desperdício da Luz do Dia”, defendendo que os relógios fossem adiantados no Reino Unido quatro vezes em abril, em 20 minutos a cada vez, retornando ao horário normal em setembro.
Willett argumentava que, além de aumentar as oportunidades de lazer, a medida reduziria os gastos com iluminação.
Mas a proposta só foi aceita um ano após a morte de Willett, em 1916, e por um motivo que não tinha nada a ver com lazer: a guerra.
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Dois anos após o início da Primeira Guerra, os rivais Reino Unido e Alemanha enfrentavam a falta de carvão, a principal fonte de energia da época.
Para economizar combustível, os alemães aprovaram a lei do horário de verão em abril de 1916, enquanto o Reino Unido adotou a mesma medida em maio.
Países europeus logo seguiram o exemplo, além de Estados Unidos, Uruguai, Nova Zelândia, Chile e Cuba.
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No Brasil, o horário de verão foi adotado pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas.
A ideia, como no exterior, era reduzir o consumo de energia elétrica. A duração foi de cinco meses, abrangendo todo o território nacional.
A adoção do horário de verão foi esporádica até 1967, quando voltou a vigorar em 1985, devido ao racionamento de energia causado pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. A diferença entre esses períodos estava na abrangência de estados e na duração.
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Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro extinguiu a medida, com base em recomendação do Ministério de Minas e Energia, que apontou pouca efetividade na economia de energia.
Se voltar em 2024, o horário de verão não deve gerar economia de energia, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). A economia seria financeira.
Isso porque, ao postergar em uma hora o início da noite, usinas eólicas e solares ajudarão no momento de grande consumo, que é a volta para casa. Assim, o governo precisaria acionar menos usinas termelétricas nos horários de pico.
Segundo o ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, a decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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