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O Banco Central confirmou ao InfoMoney na manhã desta segunda-feira (9) que o Relatório Focus voltou a ter a sua publicação suspensa devido à greve dos servidores, mas garantiu que a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) será divulgada amanhã, terça-feira (10).
O Focus reúne as estimativas de mais de 100 instituições financeiras para inflação, juros, crescimento da economia e câmbio e é utilizado pelo mercado para balizar suas expectativas em relação à economia brasileira e à política monetária do BC.
“Devido à greve em curso, as publicações estão suspensas. Oportunamente, informaremos com 24 horas de antecedência as novas datas para as divulgações”, afirmou a instituição em nota. “A publicação da ata do Copom está mantida normalmente”.
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O BC havia dito na semana passada que o comunicado e a ata do Copom não seria afetados, e o comunicado foi divulgado normalmente logo após a reunião (que elevou a Selic em mais 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano). A previsão é que a ata será divulgada amanhã às 8h.
Investidores buscam na ata mais sinalizações da autoridade monetária sobre quais serão os próximos passos em relação ao ciclo de alta de juros. No comunicado. o Copom sinalizou uma nova alta da Selic, em menor magnitude, na reunião marcada para 14 e 15 de junho.
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Greve dos servidores
A greve dos servidores foi retomada na terça-feira passada (3), no primeiro dos dois dias da reunião do Copom, após uma breve suspensão entre 20 de abril e 2 de maio para negociar com o governo e dar um “voto de confiança” ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A categoria quer reajuste salarial de 27% (para repor a inflação entre 2017 e 2022) e a reestruturação de carreiras (que segundo o sindicato não tem impacto fiscal). Na primeira etapa da greve, entre 1º e 19 abril, a divulgação de indicadores e estatísticas do BC também havia sido suspensa.
Os servidores fizeram uma manifestação em frente à sede do BC, em Brasília, durante a reunião do Copom, Segundo o presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Servidores do BC), Fábio Faiad, o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo é insuficiente.
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