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O governo federal autorizou nesta sexta-feira (1º) o reajuste de até 10,89% no preço dos remédios. A medida, que vale a partir de hoje para cerca de 13 mil medicamentos, já havia sido antecipada pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) na quarta-feira (30).
O aval da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão ligado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foi publicado no Diário Oficial da União.
O preço dos remédios é controlado no Brasil, e os reajustes anuais estão previstos em lei. A autorização para a alta de 10,89% neste ano é sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), e os reajustes podem variar de acordo com o medicamento. Em 2021, o reajuste máximo autorizado foi de 10,08%.
O Sindusfarma diz que “o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços”. “Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”.
Reajuste abaixo da inflação
O sindicato, que reúne mais de 500 empresas nacionais e internacionais do setor e detém mais de 95% do mercado de medicamentos do país, diz também que o reajuste dos remédios tem ficado nos últimos anos abaixo do limite autorizado pelo governo e também da inflação.
Segundo o Sindusfarma, os preços dos medicamentos subiram 3,75% no acumulado de 2020 e 2021, contra um IPCA de 15,03% no período. “No mesmo biênio, os alimentos subiram 23,15% e os transportes, 22,28%, de acordo com o IBGE — ou seja, quase 6 vezes mais do que os medicamentos”.
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A entidade afirma que o preço dos medicamentos caiu 2,28% em 2020 (contra um IPCA de 4,52%) e subiu 6,17% em 2021 (contra uma inflação geral de 10,06%.
“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas”, afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, em comunicado. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”.
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