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Golden Cross pede suspensão de mais 9 planos de saúde: como fica o consumidor?

ANS já tinha autorizado suspensão da comercialização de 114 dos 143 produtos ativos da operadora

Gilmara Santos

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A Golden Cross registrou mais um pedido de suspensão de vendas de mais produtos junto à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A nova solicitação é para interromper a comercialização de outros 9 planos médico-hospitalares. O pedido foi autorizado pela ANS e, a partir de 22 de julho, a Golden Cross poderá suspender a venda dos respectivos planos.

“A suspensão da comercialização dos planos não afeta nenhum dos atuais beneficiários da operadora, pois essa suspensão não cancela os contratos existentes”, diz a ANS em nota.

No início do mês passado, a ANS já tinha autorizado a suspensão da comercialização de 114 dos 143 produtos ativos da Golden Cross. Dessa forma, juntando os dois pedidos de suspensão de vendas, a Golden Cross terá 20 planos ativos para comercialização, sendo três de cobertura médico-hospitalar (da segmentação referência) e 17 exclusivamente odontológicos.

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Vale destacar, conforme comunicado da ANS, que a operadora também poderá solicitar a suspensão da comercialização desses planos a qualquer momento. No entanto, os planos da segmentação referência somente podem ter a comercialização suspensa se todos os demais planos também forem suspensos.

Procurada, a Golden Cross informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que o novo pedido de suspensão da comercialização de planos de saúde apresentado recentemente tem por objetivo apenas complementar a reestruturação de seus produtos, em virtude da parceria firmada com a Amil. A operadora ressalta ainda que todos os prazos e regras regulatórias aplicáveis estão sendo cumpridos.

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Movimento do mercado

Além da Golden Cross, a Prevent Senior solicitou a suspensão de venda de alguns dos seus produtos. As empresas alegam a necessidade de reestruturação e, por isso, solicitaram a suspensão das vendas.

A decisão de suspender as vendas, no entanto, acende alerta no mercado. “É bastante incomum uma empresa pedir para deixar de vender seus produtos”, diz Diogo Moreira Carneiro, consultor e professor na Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

“A principal causa desse movimento por parte das operadoras é a sobrecarga na prestação dos serviços devido ao impacto de novas doenças e surtos [epidemia e pandemia] que aumentam significativamente o número de procedimentos, internações e atos associados, o que resulta no declínio da qualidade dos serviços. Assim, a suspensão da comercialização dos planos possui o objetivo fundamental de preservar a qualidade e capacidade dos serviços ao universo dos usuários existentes”, avalia Juliana Teixeira Barreto, advogada do escritório Fabio Kadi Advogados.

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Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC