Follow on em 2021, vendas online e foco na classe emergente: como a RNI, da Rodobens, planeja virar o jogo

Carlos Bianconi, CEO da companhia, e Henrique Ravazzi, gerente de RI, participaram de live do InfoMoney e falaram sobre perspectivas

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A incorporadora RNI Negócios Imobiliários (RDNI3), do grupo Rodobens, tem algumas apostas para virar o jogo e “sair da sombra do mercado“: atuação regionalizada em lugares onde o agronegócio é forte, reforço das vendas online para fazer frente à demanda da pandemia (a modalidade já correspondeu a 10% das vendas no segundo trimestre), foco em clientes emergentes (faixa três do Casa Verde e Amarela e faixa Supereconômica) e, se o cenário permitir, uma oferta de ações (follow on) ainda em 2021.

A estratégia tem mostrado resultado: no primeiro trimestre deste ano, ela registrou lucro líquido de R$ 5,4 milhões, ante prejuízo de R$ 7,3 milhões no mesmo período de 2020; já no segundo trimestre, houve lucro de R$ 1,3 milhão, revertendo prejuízo de R$ 6,2 milhões um ano antes. Sem o desconto da participação dos minoritários, o resultado líquido da empresa ficou em R$ 3 milhões no período.

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“O cliente do supereconômico é um cliente emergente. Quem é ele? É alguém que comprou algum produto dentro do programa [Casa Verde e Amarela] e ele depois quis ter algo um pouco melhor. Aí eu tenho para oferecer para ele um produto que é imediatamente após. No Brasil, essa faixa era desassistida: ou as empresas operavam dentro do programa ou operavam no SBPE, em torno de R$ 380 mil, R$ 450 mil. Pelo menos na macroregião onde nós atuamos, é uma demanda real e a gente consegue fazer conversão [de venda]”, disse Carlos Bianconi, CEO da RNI, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Henrique Ravazzi, gerente de relações com investidores da companhia e que também participou da live, destacou o forte landbank da companhia no segundo trimestre, de R$ 5,6 bilhões, com os terrenos em permuta. “Eu faço menção ao primeiro semestre de 2019 porque foi quando a companhia iniciou a revisão do seu planejamento estratégico e consequentemente a mudança do seu landbank [banco de terrenos]. Já tivemos um crescimento de 144%”, disse.

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Os executivos comentaram ainda sobre o aumento da Selic, que, segundo eles, não assusta (a empresa considerou em seu plano estratégico uma taxa de juros entre 5% e 8% neste ano), falaram também sobre repasses nos preços da inflação de materiais de construção e revisão de contratos trocando indexador IGP-M por IPCA, além de investimentos em inovação. Assista à entrevista completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.