Financiamento imobiliário: governo vai reduzir juros em linha atrelada ao FGTS

Linha Pró-Cotista oferece empréstimo a taxas reduzidas para compra da casa própria; taxa deve cair de 8,4% para 7,6% ao ano +TR

Estadão Conteúdo

Com Selic em queda, juros dos financiamentos caíram  e portabilidade disparou (erdikocak/Getty)
Com Selic em queda, juros dos financiamentos caíram e portabilidade disparou (erdikocak/Getty)

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O governo anunciou, em reunião reservada com empresários do setor da construção na segunda-feira, 13, o plano de ampliar a linha Pró-Cotista, que oferece financiamento imobiliário a taxas reduzidas para quem tem dinheiro no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) comprar a casa própria.

A ideia é cortar os juros da linha de 8,4% para 7,6% ao ano +TR (Taxa Referencial), disseram fontes ao jornal O Estado de S. Paulo. A medida depende de autorização do conselho curador do FGTS, que deve analisar o assunto em sua próxima reunião (marcada para o dia 21).

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Os esforços para aumentar os financiamentos da linha Pró-Cotista têm como pano de fundo a “sobra” de recursos no FGTS, porque caiu fortemente a quantidade de projetos contratados pelas construtoras neste ano, em meio à disparada dos custos.

Com isso, o orçamento do FGTS para habitação está sendo remanejado, aumentando subsídios e cortando taxas de juros para aumentar a atratividade das operações. Também há intenção de elevar o orçamento da linha Pró-Cotista, atualmente em R$ 1,5 bilhão, mas o novo valor ainda não foi definido.

Condições do Pró-Cotista

O Pró-Cotista permite o financiamento de residências novas ou usadas em qualquer lugar do Brasil com valores de até R$ 1,5 milhão. Ela é a linha mais barata de crédito imobiliário fora do programa Casa Verde e Amarela (as taxas de mercado estão entre 8,5% e 10% ao ano).

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A reunião foi comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e serviu também para discutir a implementação do pacote de estímulos ao mercado imobiliário que o governo federal anunciou em maio.

Parte dessas medidas já entrou em vigor, mas outra ainda não se tornou realidade porque ainda depende de autorização do conselho curador do FGTS. Entre os pontos que estão pendentes está o aumento de 10% no limite de renda das famílias atendidas pelo Casa Verde e Amarela.