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SÃO PAULO – Famílias são como empresas e também precisam se organizar para fazer seu fechamento de caixa; não somente no final de ano, mas todo mês. O executivo financeiro Nelson de Sousa, do Ibmec-RJ (Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais) dá esta orientação às famílias, alertando que através desta “revisão de gastos”, é possível planejar um ano de 2013 melhor para o bolso.
Sousa diz que a atitude é muito simples, não sendo necessários conhecimentos avançados e nem cálculos complicados. “A família só vai precisar de papel e caneta”, afirma ele, explicando que a folha precisa ser separada em duas colunas: uma com todos os valores que as famílias recebem de salários e demais quantias e, na outra, é preciso escrever os compromissos, tanto os gastos fixos – como impostos, manutenção do carro, mensalidades da escola dos filhos, entre outros. Contudo, ele aconselha a anotar também os planos futuros abaixo destes custeios fixos, como possibilidade de uma provável despesa com lazer ou com a compra de algum bem que a família tem desejado.
E se no final das contas sobrar dinheiro?
Apesar do aperto de final de ano, é normal que muitas famílias descubram excedentes nas contas. É um bom sinal, pois significa que os gastos foram menores do que os ganhos. Sousa aconselha que planos devem ser traçados com essa “sobra”.
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O professor separa a questão em quatro pontos principais, nomeadas por ele como “preocupações” que as famílias precisam levar em consideração na hora de decidir o rumo do dinheiro que restou no fim das contas:
1 – Eliminar dívidas
Sobrando dinheiro em caixa, as pessoas devem buscar eliminá-las, começando pelas mais caras – que são as com cheque especial e cartão de crédito. “Essas duas são uma tragédia”, diz Sousa, lembrando da importância de usar bem o benefício do 13º salário para quitar uma conta pendente.
2 – Início de ano
Os custeios de começo do ano corroem boa parte das economias das famílias. Os principais são os impostos (principalmente IPTU) matrícula dos filhos e material escolar. Sousa aconselha as famílias que têm sobras a juntarem o dinheiro necessário e pagar tudo à vista – na medida do possível, ao invés de carregar contas de início de ano ao longo dos primeiros meses.
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3 – Gastar com sonhos
As famílias são alimentadas por sonhos que, geralmente, possuem um custo mais elevado. Sousa orienta que os membros deste grupo devem se controlar, evitando contrair mais dívidas com estes gastos maiores. “Antes de gastar muito mais com o sonho, a família não pode se esquecer de quitar as pendências, pois caso contrário, as contas vão acumulando”, orienta o especialista, ressaltando a tranquilidade de poder adquirir sonhos sem pendências no pé.
4 – Fazer investimentos
Sobrando dinheiro, um dos destinos que compensam é fazer ele “passear” em investimentos. O professor afirma que um dinheiro aplicado hoje, pode render bons gastos num futuro. No entanto, é necessário cautela, pois ao analisar as anotações de fluxo de caixa, as famílias precisam ter a certeza de que não vão precisar do dinheiro por certo tempo, seja ele de quatro meses ou de alguns anos.
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