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As enchentes no Rio Grande do Sul fizeram dobrar as indenizações de seguro para carros no estado nos primeiros 5 meses deste ano na comparação com igual período do ano passado. É o que mostra levantamento a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
De acordo com o estudo, entre janeiro e maio foram pagos mais de R$ 1,7 bilhão em indenizações no estado gaúcho, um avanço de 104,4% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
O cenário do Estado fez puxar também o aumento nas indenizações da Região Sul, que subiram 35% no período e tiveram o maior avanço percentual nos pagamentos de indenizações do seguro automóvel de janeiro a maio deste ano.
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O pagamento de indenizações no Sul saltou de R$ 2,8 bilhões em 2023 para R$ 3, 8 bilhões em 2024.
Em valores absolutos, o sudeste lidera os pagamentos do seguro automóvel, totalizando R$ 8,5 bilhões. Esta também é a região com maior arrecadação total, R$ 13,3 bilhões, mais da metade do faturamento do produto nacionalmente. No consolidado de todos os estados, o segmento auto pagou cerca de R$ 14,1 bilhões e arrecadou aproximadamente R$ 22,7 bilhões.
A Bright Consulting, consultoria especializada no setor automotivo, estimou a perda de ao menos 200 mil veículos na tragédia climática gaúcha, sendo que apenas 30% deles têm seguro.
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Histórico
Em maio o Rio Grande do Sul foi afetado por fortes chuvas e enchentes, em uma tragédia sem precednetes. A Defesa Civil do Estado estima que 182 pessoas morreram e 478 municípios foram afetados.
A tragédia climática no Rio Grande do Sul pode representar perdas de até R$ 58 bilhões no próprio estado e de mais R$ 38,9 bilhões em outras unidades da federação, com um impacto de cerca de R$ 97 bilhões na economia brasileira em 2024.
Há possibilidade, ainda, de atingir 9,86% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul, com reflexo de até menos 1% no PIB do Brasil. As estimativas são de estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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O mercado segurador também começa a contabilizar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. O indicador de sinistralidade, que agrega os valores que as seguradoras terão de pagar em indenizações, saltou de 42,1%, em abril, para 66,1%, em maio. Os dados são do relatório Síntese Mensal, divulgado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
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