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Apesar dos desafios de infraestrutura, agentes do mercado financeiro já devem olhar para os tipos de produtos que podem ser oferecidos ao consumidor por meio do Drex, nome dado ao Real Digital.
A urgência é compartilhada por Raul Moreira, conselheiro da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Eduardo Merighi, vice-presidente de tecnologia e produtos na Elo, e Euricion Murari, diretor de inovação e serviços da Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Os executivos participaram de painel que discute a situação da moeda digital brasileira, na quarta-feira (13), no Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, promovido pela Abecs em São Paulo.
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Para além dos desafios relacionados à infraestrutura, à tecnologia e à segurança do Drex, que estão na esteira de desenvolvimento do projeto-piloto da iniciativa, Moreira defende que os players da indústria já comecem a pensar no próximo passo: os serviços. “O maior desafio é sobre quais produtos vamos desenvolver na ponta, e como o Drex vai mudar o cenário dos meios de pagamentos. Vai mudar. Mas de que forma?”, questionou.
Para o conselheiro da Abecs, é hora de antever os produtos que serão oferecidos no atacado, entre as instituições financeiras, e principalmente, no varejo, ao consumidor final.
Merighi, da Elo, explica que a plataforma Drex é unificada, mas a distribuição de soluções utilizadas com o Real Digital será direcionada para transações entre pessoas físicas, via carteiras digitais, e para transações entre as empresas.
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“O Drex varejo é o real tokenizado, é a representação digital do real, que vai ser disponibilizado em carteiras digitais oferecidas pelos bancos. O Drex atacado se refere às transações entre instituições financeiras”, explica Merighi.
Para Murari, da ABBC, o Drex será um facilitador nas operações financeiras que, integradas, servirão “de garantia para uma outra compra”.
Calendário
O calendário do piloto do Drex deve sofrer alterações, segundo especialistas consultados pelo InfoMoney. Isso porque, além do tempo de desenvolvimento necessário para garantir o funcionamento correto da plataforma, a operação-padrão desencadeada pelos servidores do Banco Central pode atrasar ainda mais o progresso do projeto.
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Segundo o calendário vigente, a fase de testes do Drex deve terminar em maio. Procurado pela reportagem, o BC ressaltou que a meta ainda está de pé: “ao fim de 2024, o Banco Central poderá incluir testes com a população no Piloto Drex”, disse, por meio de nota, a autoridade monetária.
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