Doria anuncia plano de imunização de crianças de 5 a 11 anos em SP; meta é vacinar faixa etária em até três semanas

Público-alvo envolve 4,3 milhões de pessoas, sendo 850 mil com comorbidades

Mariana Zonta d'Ávila

Governador João Doria (Sérgio Andrade/Governo do Estado de São Paulo)
Governador João Doria (Sérgio Andrade/Governo do Estado de São Paulo)

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O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (5) um plano de imunização de crianças da faixa etária entre 5 e 11 anos. O objetivo é concluir a vacinação do grupo em um prazo de três semanas a partir do recebimento das doses pelo Ministério da Saúde — o que ainda não aconteceu.

A decisão do governo paulista ocorre no mesmo dia em que o Ministério da Saúde, chefiado por Marcelo Queiroga, deve decidir oficialmente sobre a imunização das crianças.

O público-alvo da campanha paulista envolve 4,3 milhões de crianças que estão nesta faixa etária, sendo 850 mil delas com alguma comorbidade — estas serão priorizadas na iniciativa.

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Segundo Eduardo Ribeiro, secretário-executivo de Saúde do estado, há uma capacidade de vacinação de 250 mil crianças por dia no território paulista; o número não deve comprometer o processo de imunização vigente. “Isso nos permite concluir a aplicação da primeira dose da vacina em crianças em um período de três semanas”, disse, durante coletiva de imprensa, nesta quarta.

Além dos cerca de 5 mil postos de saúde do estado, o plano do governo Doria prevê incluir ainda escolas estaduais como locais de vacinação. Nesta quarta, dia em que iniciaram os cadastros, 288 escolas estavam inscritas.

“A participação das escolas vai ser fundamental. Vai permitir acolhermos aquelas crianças não vacinadas e, ainda, resgatar os faltosos. Até o momento, 600 mil adolescentes de 12 a 19 anos não tomaram a segunda dose da vacina e, portanto, não estão devidamente imunizados”, disse o secretário Jean Gorinchteyn, titular da Saúde.

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Ribeiro completa que a estrutura está pronta para a vacinação de crianças desde o dia 16 de dezembro, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação do imunizante da Pfizer neste público.

“Temos 4,5 milhões de seringas e agulhas de 1ml em distribuição para todos os municípios — que são específicas para o público infantil —, e estamos em processo de compra de mais 4,5 milhões para concluir o esquema vacinal desse grupo”, afirmou Ribeiro.

O grande empecilho, destaca, recai sobre as doses das vacinas, que ainda não foram enviadas pelo Ministério da Saúde, afirma. O secretário diz ainda esperar pela autorização da Anvisa com relação à aprovação das doses da CoronaVac no público de 5 a 11 anos. “Temos 12 milhões de doses disponíveis para uso imediato.”

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Segundo Doria, assim que aprovada pela Anvisa a aplicação da CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos, o governo do estado irá iniciar imediatamente a vacinação do grupo.

Aumento do número de casos no fim de ano

Durante a coletiva, os médicos infectologistas também comentaram sobre o aumento do número de casos de Covid após as festas de fim de ano.

Segundo o médico Esper Kallás, apesar do aumento do número de casos, há uma ausência de número expressivo de internações, o que deixa o Comitê de Saúde do estado mais confortável em não realizar, por ora, mudanças nos protocolos de saúde.

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“O Comitê vem se posicionamento pela manutenção das medidas presentes, como o uso de máscara – inclusive em ambientes abertos, dado que é uma medida que reduz a velocidade da disseminação dessa nova variante da Covid-19”, disse.

O médico João Gabbardo, que também compõe o Comitê Científico do estado, disse que não há a necessidade de novas medidas restritivas em São Paulo. “As recomendações seguem as mesmas, de evitar aglomerações em locais abertos e fechados.”

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