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A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirmou nesta terça-feira (6) que o programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo federal na véspera, “Desenrola”, pode contribuir para que o crédito continue a ser concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores, mas ressaltou que sua operação exige um sistema complexo que não se baseia apenas na ação dos bancos.
“Esta complexidade exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final desenvolvimento e não dependem apenas de iniciativas dos bancos, mas de outros atores que também estão diretamente envolvidos”, disse a entidade em nota assinada pelo seu presidente, Isaac Sidney.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na segunda-feira (5) a assinatura de medida provisória instituindo o “Desenrola”, programa de refinanciamento de dívidas das pessoas físicas, com implementação prevista para julho. O programa incluirá apenas dívidas de até 5 mil reais inscritas até 31 de dezembro de 2022.
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Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Desenrola chegou a ser previsto para fevereiro, e, depois, para março, mas sofreu atrasos em meio a entraves com o setor privado e dificuldades técnicas.
De acordo com a Febraban, o programa está em linha com as tratativas feitas nos últimos meses em conjunto pelo governo federal e a entidade, que afirma ter se envolvido desde o início em sua concepção e desenvolvimento.
“Nos últimos meses, houve frequente interação com o ministro Fernando Haddad e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, em várias reuniões, nas quais foram apresentadas propostas que permitiram que o desenho inicial evoluísse para o formato anunciado”, acrescentou a Febraban.
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Procurado pela Reuters, o Banco do Brasil afirmou que aguarda a regulamentação do programa para formalizar sua habilitação e dar início à sua operacionalização. “O banco vai ampliar, sob o Desenrola, as soluções de renegociação de dívidas disponíveis a todos os nossos clientes”, afirmou o BB.
Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e Pan não se manifestaram de imediato.
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