Custo de vida na Austrália 2024: veja os gastos de brasileiros que vivem em Sydney

Brasileiros contam ao Infomoney os custos de vida no país que tem um dos maiores índices de qualidade de vida do mundo  

Maira Escardovelli

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Mais de 4,5 milhões de brasileiros vivem no exterior. A maioria deles emigrou para lugares “famosos” como Estados Unidos, Portugal e Paraguai. Mas há quem prefira ir um pouco mais longe, para países que se destacam pelos altos índices de qualidade de vida. A Austrália está entre eles: com IDH acima de 0,9 (o indicador varia entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1, melhores são as condições), o país concentra 46.630 mil brasileiros, segundo relatório do Itamaraty.  

A maior parte está em Sydney – são quase 33 mil espalhados pela cidade do estado de Nova Gales do Sul, no sudeste da Austrália. Com uma população de 5,3 milhões de pessoas, Sydney é conhecida, entre aqueles que buscam emigrar, por oferecer mais oportunidades de trabalho em comparação a outros municípios australianos.  

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Apesar disso, em todas as regiões do país há uma alta demanda por trabalhadores imigrantes. O governo australiano, inclusive, criou uma lista, a “Skilled Occupation List” (SOL ou Lista de Ocupações Qualificadas), com 647 cargos necessários e que podem facilitar a obtenção de um visto de trabalho.  

Custo de vida em Sydney

José Victor e Natalia vivem na Austrália desde 2023 (Arquivo Pessoal)

Entre as profissões requeridas, que vão de acupunturista a arquiteto, está a função de eletricista, cargo que o brasileiro José Victor de Almeida exerce atualmente em duas escolas em Sydney. Ele chegou ao país em 2023 e ganha 35 dólares australianos por hora, que totalizam em média $1.400 por semana.  

Na Austrália, o salário mínimo é $24,10 e o pagamento das despesas – como o aluguel – é feito semanalmente. “Aqui, sem custo de moradia, um casal gasta uns 450 dólares por semana, considerando transporte e até alguma saída de casa para tomar uma cerveja, por exemplo”, comenta o brasileiro que mudou para a Austrália com a esposa Natalia de Almeida, chef em um café. Juntos, os dois ganham em média $2.600 semanalmente e pagam $650 de aluguel pelo mesmo período. 

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De acordo com a plataforma Numbeo, que estima o custo de vida em diversos locais do mundo, Sydney é 113% mais cara que São Paulo, com gastos mensais de $1.725,7 para uma pessoa, sem incluir o aluguel.  

“Mas a principal vantagem de morar aqui é a segurança. Em qualquer horário, você pode andar na rua com o celular na mão, pode até deixar seu carro aberto, com a chave na ignição. É raro você ver crimes aqui, como roubo, homicídio”, relata o brasileiro. 

(Pixabay/flok85)

Saúde e transporte   

No país, estudantes estrangeiros podem trabalhar apenas 24 horas semanais e, para obterem o visto de entrada, precisam ter seguro saúde privado. O serviço cobre emergências, mas há coparticipação em consultas e exames.   

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Além do pagamento por semana, há outra diferença na dinâmica financeira dos moradores. Na Austrália, é possível escolher se a conta de energia será debitada por mês ou trimestre – em média, é possível pagar $150 a cada três meses.  

O transporte público também não tem preço fixo, a passagem varia conforme a distância que o passageiro percorre, mas estudantes pagam meia no valor. O custo da gasolina gira em torno de $1,75 a $2,50 o litro. 

Residentes australianos  

Diferente dos brasileiros que estão com visto temporário, os residentes permanentes têm mais acesso à educação e saúde, apesar de nenhum serviço no país ser totalmente gratuito. Por lá, existe o sistema Medicare, uma espécie de SUS da Austrália, porém é necessário pagar uma taxa direto no Imposto de Renda.

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Já as universidades podem ser subsidiadas ou não pelo governo. As que não são chegam a custar até $30 mil por ano, a depender do curso e local, e também há diferenças nos valores da mensalidade para os estudantes domésticos (residentes) e internacionais.  

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