Consumidor brasileiro pode usar Pix nos EUA, Argentina e Uruguai, diz Campos Neto

É possivel fazer compras utilizando Pix através de estabelecimentos comerciais que possuem o meio de pagamento disponível

Estadão Conteúdo

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (2), que a internacionalização do sistema de pagamento instantâneo brasileiro, o Pix, é um processo contínuo, mas que o cidadão brasileiro já pode pagar compras feitas em Orlando (EUA), Argentina, Uruguai e em outros países com o Pix.

“A internacionalização do Pix é um processo contínuo. Hoje se for em Orlando já consegue comprar com Pix, se for no Uruguai e na Argentina consegue comprar com Pix”, disse Campos Neto, ao ser questionado durante o evento da Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam) sobre quando o Pix seria internacionalizado.

Ele lembrou que recentemente o governo argentino questionou a autoridade monetária brasileira sobre se o bancos de lá não poderiam usar o Pix como uma forma de integração entre os dois países.

Campos Neto disse que o Pix está sendo aberto pra outros BCs. Para ele, o importante é fomentar este sistema que tem funcionado muito bem na Ásia.

Vale dizer que o Pix no exterior funciona se a conta que o consumidor utilizar no estabelecimento for de instituições brasileiras. E é possível usar nos outros países através de estabelecimentos comerciais que possuem o meio de pagamento disponível, como na Argentina (veja a matéria abaixo).

Fraudes

Perguntado também como a autoridade monetária está vendo a possibilidade de aumento de fraudes através do Pix, como os economistas têm previsto, Campos Neto relativizou este risco.

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De acordo com ele, as pessoas sempre falam de fraudes por meio do Pix mas esquecem que o sistema está substituindo o dinheiro em espécie e outros nichos que tinham outros processos de fraude.

“O que a gente entende no final que é uma vantagem, quando a olha pra frente, porque no final das contas, a fraude quando é digitalizada tem que passar por um sistema. Então, hoje, o que você tem é um sistema de fraude que basicamente usa contas de aluguel ou contas laranja, contas de passagem e esse é o lugar onde a gente precisa focar”, disse o presidente do BC.

De acordo com Campos Neto, “se a gente pensar que vai, eventualmente, viver em um mundo ideal, que não tem conta de aluguel, conta laranja e nem de passagem, basicamente se alguém fizer uma fraude terá que depositar o resultado daquela fraude na conta dele e ai você limita a capacidade de fraudes”.

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O que o BC tem feito, segundo Campos Neto, é dá para o usuário a flexibilidade de fazer um Pix sob medida, entendendo a necessidade dele. “Se você não quer fazer um pagamento para uma pessoa que não está na agenda, você consegue bloquear o montante, o horário para fazer uma coisa mais subjetiva.”

A segunda coisa que Campos Neto disse estar sendo feita pelo BC é atacar esse tema das contas laranjas porque “no final das contas, se não tiver contas laranjas esse dinheiro vai pra onde? Tem que ir para alguma conta”.

Para ele, se as contas laranjas forem mapeadas e as aberturas destas conta forem antecipadas pela inteligência artificial, por exemplo, o volume de fraude será bem menor do que era no sistema antigo.

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