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Uma das qualidades mais importantes da blockchain é a transparência. Os registros de movimentação de recursos e de transações são permanentes, o que permite que as pessoas possam ver, por exemplo, as reservas que uma corretora tem em suas carteiras para garantir os fundos dos clientes. E uma das maiores curiosidades dos usuários de cripto é saber como se dá a movimentação de fundos nas carteiras das corretoras.
Grandes exchanges de cripto administram sofisticados sistemas de gerenciamento de carteiras, um processo que ainda não é muito claro para a maioria das pessoas. Mas acreditando no valor que a transparência representa, a Binance, maior corretora de criptoativos do mundo em volume de transações, vem tomando medidas para tornar público o maior volume de informações e, com isso, contribuir para aumentar a confiança na indústria.
No mais recente movimento, a corretora compartilhou alguns aspectos técnicos de como os fundos se movimentam entre suas carteiras. O principal objetivo destas movimentações é garantir a liquidez e a segurança dos recursos de forma a manter o funcionamento das carteiras e garantir que todos possam sacar seus investimentos sempre que desejarem.
A Binance, líder do mercado brasileiro, opera de forma dinâmica com carteiras frias e quentes (“cold” e “hot wallets”, em inglês) de forma a garantir a liquidez necessária para atender a todos os pedidos em tempo real, e ao mesmo tempo, mitigar possíveis ameaças à segurança. O volume médio de negociação a cada 24 horas na Binance é de cerca de US$ 38 bilhões, o que acontece simultaneamente em várias redes blockchain. Esse valor é significativamente maior do que qualquer outra corretora de criptomoedas.
Explicando o gerenciamento de carteira da Binance
A Binance mantém uma vasta rede de carteiras quentes, frias e de depósito para movimentar os fundos de forma rápida e eficiente. Também mantém um registro contábil interno que rastreia em tempo real os ativos pertencentes a cada usuário individual (todos verificáveis por meio de sua prova de reservas, ou sistema PoR). O sistema PoR registra os fundos de clientes sob custódia em relação aos passivos dos usuários e fundos em reserva. Os ativos dos usuários são rastreados de forma totalmente independente das reservas corporativas da Binance.
A movimentação de fundos entre carteiras pode servir a diversos propósitos. Uma transferência entre uma carteira fria e uma carteira quente da Binance, por exemplo, geralmente é necessária para garantir liquidez a tokens que tenham alta demanda ou para atender uma única retirada de alto valor por um usuário, seja ele uma baleia (grandes investidores individuais) ou um fundo de hedge com uma conta institucional da Binance.
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Em sentido oposto, os fundos podem ser transferidos de uma carteira quente para uma fria, ou offline, para garantir a segurança dos recursos que não estão sendo demandados imediatamente. Quando um cliente faz um depósito, por exemplo, essa movimentação acontece.
Verificação constante
Quando um usuário deposita fundos na plataforma, eles vão para o que chamamos de carteira de depósito e são espelhados na conta do usuário na Binance.
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A exchange faz uma varredura periódica nos fundos das carteiras de depósito para as carteiras quentes de movimentação em um processo chamado consolidação. As carteiras quentes facilitam os saques, mantendo baixos tanto o tempo, quanto os custos de execução de uma ordem de retirada.
A lógica para as corretoras movimentarem os tokens é minimizar o número de transações e manter as taxas de gás (taxa de processamento dentro da blockchain) mínimas – reduzindo drasticamente as tarifas pagas pelos usuários. A competitividade das corretoras, com movimentações de fundos bem administradas, permite que as taxas de operação se mantenham baixas.
Ao fazer essa varredura, qualquer fundo excedente nas carteiras quentes é movido para o armazenamento seguro em carteiras frias (ou offline) em um processo chamado de overflow. E quando uma carteira quente fica com um valor baixo de fundos, ela pode precisar de um incremento de recursos vindos de uma carteira fria.
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A Binance lembra que é fundamental observar que a varredura e a movimentação de fundos entre as carteiras de depósito, as quentes e as frias são todas visíveis na blockchain, e ocorrem de forma totalmente independente das atualizações de saldo da conta do usuário.
Outro elemento de segurança é a manutenção de todos os ativos de seus clientes em contas segregadas. E para dar transparência a isso, os fundos dos usuários são verificáveis por meio de seu sistema PoR, que exibe os ativos dos usuários sob custódia, bem como passivos dos usuários. A iteração mais recente elevou o volume de recursos verificáveis para US$ 63 bilhões, distribuídos entre 24 diferentes tokens.
A corretora mantém registros completamente separados para fundos de usuários, ativos vinculados (pegged tokens) e seus próprios recursos. E as varreduras permitem que a todo momento esteja completamente a par de quanto dinheiro cada um de seus usuários têm investido, além de certificar que há fundos suficientes para honrar qualquer solicitação de saque. Tudo é verificável por meio do sistema PoR (prova de reservas).
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Compliance e transparência
Os investimentos em compliance e transparência servem a dois propósitos. O primeiro é garantir a solidez das operações e a resposta imediata dos usuários. O segundo, aumentar a confiança em uma indústria nascente e em franca expansão. Na Binance, por exemplo, as equipes de segurança e compliance foram ampliadas em mais de 500% no último ano, para mais de 750 pessoas.
E em todo o mundo, o último ano foi marcado por um progresso substancial na criação de maior segurança regulatória para o setor cripto e de blockchain. A regulação bem desenvolvida vai conferir maior segurança ao usuário, ao mesmo tempo que permitirá a inovação da indústria.
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