Publicidade
A CNH do Brasil passará a ser válida para cidadãos brasileiros que moram em Portugal, conforme decisão anunciada por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente do país luso.
A medida foi tornada pública na quarta-feira (6) e também inclui os motoristas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que ainda não desfrutavam do benefício, segundo informou o jornal Expresso.
A decisão ainda será publicada no Diário da República, o Diário Oficial de Portugal.
Entre os países beneficiados estão, além do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e também os nacionais de Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Estados Unidos, Israel, Japão, México, Nova Zelândia, Suíça e Turquia.
Os motoristas podem usar o documento emitido no país de origem até o fim da validade. Depois disso, precisarão fazer a mudança para a versão portuguesa.
Antes da decisão, apenas os cidadãos de União Europeia, Reino Unido, Noruega, Islândia e Liechtenstein podiam viver em Portugal e dirigir com o documento emitido no país de origem.
Continua depois da publicidade
Nesses três meses, era possível dirigir com o documento brasileiro. Passado este prazo, os brasileiros tinham até dois anos para fazer a requisição de troca para a carteira válida em Portugal, mas não mais tinham autorização para dirigir conforme a legislação local.
Para ter acesso ao documento válido era preciso desembolsar cerca de 30 euros e fazer uma avaliação médica. Depois de dois anos, era necessário fazer a renovação da maneira tradicional, que obrigava a novo exame de condução.
Brasileiros com permanência em Portugal por até 185 dias, como turistas, não precisam lidar com as mudanças de documentação, e podem dirigir normalmente.
Continua depois da publicidade
Apesar da redução da burocracia, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), órgão responsável pela emissão da carteira de motorista em Portugal, vem enfrentando desafios, sobretudo, com a troca de documentos de estrangeiros.
Segundo o Público, outro veículo de imprensa do país, a fila de documentos pendentes atingiu, em fevereiro deste ano, a marca de 18 mil unidades, muito em função da pandemia de Covid-19, do aumento de pedidos e da falta de digitalização dos sistemas.
“”