Carro voador da Boeing faz primeiro voo ao ar livre

O feito pode sinalizar uma nova fase do transporte urbano que companhias estão tentando revolucionar

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO –  O carro voador da Boeing completou seu primeiro voo teste ao ar livre na última terça-feira (22) com sucesso. O feito sinaliza o início de uma nova fase do transporte urbano.

O modelo é projetado para transportar passageiros em ruas congestionadas e desviar de arranha-céus. 

Um protótipo do veículo concluiu uma decolagem, voo e pouso controlados durante o teste realizado em Manassas, na Virgínia, EUA, de acordo com comunicado divulgado nesta quarta-feira (23). O modelo elétrico foi projetado para fazer voos completamente autônomos, de até 80 quilômetros de distância.

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A fabricante de aviões sediada em Chicago e sua concorrente Airbus estão entre as empresas na corrida para desenvolver ideias relacionadas a carros voadores e drones que carregam pacotes, na expectativa de que esses novos produtos criem a nova era da indústria aeroespacial.

A Boeing começou a desenvolver protótipos depois da aquisição, em 2017, da Aurora Flight Sciences, cujos projetos incluem um novo táxi voador em parceria com a Uber. 

O braço de mobilidade urbana da Boeing, o Boeing NeXt, contratou a Aurora para projetar e desenvolver o protótipo. A empresa não confirmou se esse é o modelo desenvolvido para a Uber.

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O portfólio da NeXt também inclui um veículo aéreo de carga totalmente elétrico – projetado para transportar até 500 libras, cerca de 220 kg – que completou seu primeiro voo interno no ano passado e está programado para testes ao ar livre este ano.

Outras empresas também estão em fase avançada na missão de trazer carros voadores para o mercado. O A3 Vahana, um protótipo de carro voador elétrico de decolagem e aterrissagem vertical financiado pela Airbus no Vale do Silício, completou seu primeiro voo teste no ano passado. A Intel e a EHang também estão testando seus veículos voadores.

Os analistas do Morgan Stanley, em suas estimativas mais otimistas, preveem que essa tecnologia pode poderia elevar o patamar da indústria aeronáutica para US$ 2,9 trilhões até 2040. Na visão mais pessimista, o banco acredita que os valores poderiam chegar a cerca de US$ 615 bilhões.

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Ainda não se tem uma previsão de quando o veículo voador da Boeing chegará ao grande público, mas esses testes ao ar livre bem-sucedidos já são um grande avanço na indústria. A companhia informou que ainda fará diversos testes para melhorar a segurança e a confiabilidade da aeronave.

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Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.