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Com a proximidade da Black Friday, a temporada de compras também se torna um período de vulnerabilidade para consumidores e empresas. Um estudo da Branddi revela que, durante o “esquenta das promoções”, golpes digitais já estão 3 vezes maiores do que no mesmo período de 2023.
Somente nas semanas que antecedem o mês das promoções, mais de mil sites fraudulentos, imitando marcas como McDonald’s, Nike, Amazon e Mercado Livre, foram identificados. Ao considerar golpes digitais em geral, não apenas os relacionados à Black Friday, o levantamento identificou mais de 3,7 mil ações golpistas somente em outubro.
Gustavo Mariotto, CSO da Branddi, explica que esse tipo de fraude é chamada de “brand impersonation”, que ocorre quando cibercriminosos se passam por marcas confiáveis para enganar os usuários. “Além de prejudicar a experiência do consumidor, os impactos afetam as empresas em diversas direções, desde a reputação até os prejuízos financeiros e a sobrecarga no atendimento.”
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Como os criminosos operam na Black Friday?
De acordo com o levantamento, esses golpes, que incluem sites falsos e anúncios enganosos, impactam sobretudo empresas de setores como moda (30,2%), e-commerce (25,1%) e suplementos (14,3%). Entre os métodos usados, incluem:
- Criação de domínios falsos: golpistas registram domínios semelhantes ao nome da marca com pequenas variações para confundir o consumidor, como “promo” ou “blackfriday”;
- Anúncios pagos em plataformas: promovem esses sites através de Google Ads e MetaAds para que apareçam nos primeiros resultados de busca, competindo com anúncios legítimos;
- Imitação visual detalhada: replicam o layout e elementos gráficos das páginas oficiais para dar credibilidade ao golpe;
- Utilização de deepfakes em anúncios de vídeo: empregam IA para criar deepfakes de influenciadores e embaixadores da marca, fazendo com que os vídeos pareçam anúncios autênticos com porta-vozes conhecidos. Isso aumenta a confiança do consumidor e a eficácia do golpe;
- Ofertas com preços irresistíveis: atraem consumidores com promoções exageradamente vantajosas, incentivando o pagamento via Pix;
- Captura de informações sensíveis: coletam dados de cartões de crédito e informações pessoais, que podem ser usados em fraudes futuras;
- Perfis falsos em redes sociais: criam perfis que simulam a comunicação da marca e disseminam anúncios patrocinados com promoções falsas.
Impactos e soluções às empresas
Os prejuízos causados pelos golpes não se limitam às perdas financeiras das empresas ou aos transtornos enfrentados pelos consumidores. A confiança no ambiente digital também é abalada, o que pode ter efeitos de longo prazo no mercado. Para Mariotto, a prevenção é essencial.
“Embora o consumidor deva se atentar aos golpes, é de suma importância que as marcas ajam preventivamente para reduzir riscos — sobretudo quando plataformas como o Google e Meta ainda enfrentam dificuldades para identificar fraudes e manter um ambiente seguro”, diz. Ele sugere medidas como monitoramento contínuo de domínios e perfis online, além de ações rápidas para remoção de conteúdos fraudulentos.
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