Black Friday 2024: ‘Esquenta’ já registra 3 vezes mais golpes do que ano passado

Prejuízos causados pelos golpes não se limitam às perdas financeiras das empresas ou aos transtornos enfrentados pelos consumidores

Janize Colaço

Esquenta da Black Friday 2024 . Foto: MTStock Studio/Getty Images
Esquenta da Black Friday 2024 . Foto: MTStock Studio/Getty Images

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Com a proximidade da Black Friday, a temporada de compras também se torna um período de vulnerabilidade para consumidores e empresas. Um estudo da Branddi revela que, durante o “esquenta das promoções”, golpes digitais já estão 3 vezes maiores do que no mesmo período de 2023. 

Somente nas semanas que antecedem o mês das promoções, mais de mil sites fraudulentos, imitando marcas como McDonald’s, Nike, Amazon e Mercado Livre, foram identificados. Ao considerar golpes digitais em geral, não apenas os relacionados à Black Friday, o levantamento identificou mais de 3,7 mil ações golpistas somente em outubro. 

Gustavo Mariotto, CSO da Branddi, explica que esse tipo de fraude é chamada de “brand impersonation”, que ocorre quando cibercriminosos se passam por marcas confiáveis para enganar os usuários. “Além de prejudicar a experiência do consumidor, os impactos afetam as empresas em diversas direções, desde a reputação até os prejuízos financeiros e a sobrecarga no atendimento.”

Como os criminosos operam na Black Friday?

De acordo com o levantamento, esses golpes, que incluem sites falsos e anúncios enganosos, impactam sobretudo empresas de setores como moda (30,2%), e-commerce (25,1%) e suplementos (14,3%). Entre os métodos usados, incluem:

Impactos e soluções às empresas

Os prejuízos causados pelos golpes não se limitam às perdas financeiras das empresas ou aos transtornos enfrentados pelos consumidores. A confiança no ambiente digital também é abalada, o que pode ter efeitos de longo prazo no mercado. Para Mariotto, a prevenção é essencial. 

“Embora o consumidor deva se atentar aos golpes, é de suma importância que as marcas ajam preventivamente para reduzir riscos — sobretudo quando plataformas como o Google e Meta ainda enfrentam dificuldades para identificar fraudes e manter um ambiente seguro”, diz. Ele sugere medidas como monitoramento contínuo de domínios e perfis online, além de ações rápidas para remoção de conteúdos fraudulentos.