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O Banco Central está planejando uma nova ferramenta de segurança para meios de pagamento, que será lançada “em breve”, disse o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, durante o evento GPay, promovido pelo Google Brasil nesta segunda-feira (4).
Segundo Campos Neto, a nova solução permitirá rastreio, bloqueio e devolução de valores dentro da tecnologia de pagamentos, endereçando o avanço das fraudes no país.
Para o ex-presidente do Banco Central, o combate a fraudes ocorre em três dimensões: impedir a criação de contas laranja ou fantasma; sistemas amigáveis que sejam integralmente entendidos pelo usuário; e prevenção de fraudes.
“A primeira dimensão se justifica porque, para uma fraude ocorrer, precisa existir uma conta receptora. E existe muita conta laranja e fantasma, então temos que endurecer os critérios de abrir conta. A segunda é sobre permitir que o usuário tenha o maior nível de informação sobre o seu nível de exposição a risco e o que fazer, como configurar seus sistemas para estar protegido para essa exposição. É sobre fazer o sistema seja o mais amigável possível. Já a terceira dimensão é usar bancos de dados para identificar padrões de fraude até que a gente seja capaz de prevê-las”, afirmou.
Agenda de inovação do BC deve ser contínua
Quando perguntado sobre a manutenção da agenda de inovação do BC a partir de 2025, quando Gabriel Galípolo assumirá a presidência da autoridade monetária, Campos Neto afirmou que acredita no prosseguimento dos processos.
“É natural que cada gestor tente imprimir seu ritmo e seu direcionamento. Mas o BC tem essa agenda de inovação há muito tempo. E essa corrida é uma corrida de bastão: você corre, entrega o bastão e torce pro outro correr mais do que você”, disse.
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Sobre os esforços do BC para que Pix, Open Finance e Drex se encontrem e a integração entre Open Finance e Tokenização ocorre, Campos Neto afirmou que “não vê esse movimento sendo interrompido” com a chegada de Galípolo.