BC: algumas operações do Pix não foram completadas, mas problemas não têm relação com instabilidades

BC disse que transações não completadas aconteceram por erro de formatação dos bancos e que segue avaliando o sistema

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu nesta segunda-feira, 16, que algumas operações do Pix não foram completadas nesta segunda-feira, mas descartou qualquer instabilidade no sistema da autoridade monetária.

“É importante diferenciar o que é instabilidade do sistema e o que são operações que não foram completadas. Não houve nenhuma instabilidade no sistema. Houve um volume de operações que não foram completadas em um banco ou outro, e monitoramos isso, pode ter havido um erro na formatação da chave pelo banco. Quando há um volume grande de operações rejeitadas, entramos em contato com os bancos”, afirmou, em coletiva sobre o Pix – plataforma de pagamentos e transferências instantâneas do BC, que começou a funcionar plenamente nesta segunda-feira.

O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Angelo Duarte, disse que instituições maiores podem ter apresentado alguns problemas, que já foram corrigidos.

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“No momento vemos uma operação normal no Pix. Houve alguns problemas que já passaram, e todos estão operando dentro da estabilidade”, completou.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, João Manoel de Pinho de Mello, explicou ainda que parte dos erros em operações não completadas ocorreu em tentativas de Pix para conta salário. “Não é possível cadastrar uma chave para conta salário”, lembrou.

Adesão

Campos Neto avaliou que as quase 72 milhões de chaves já cadastradas em algumas semanas no Pix significam uma adesão maior do que qualquer aplicativo digital já teve no País.

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“Achamos que adesão está bastante ampla, tanto de pessoas físicas como de jurídicas. Obviamente, quando o Pix começa a funcionar, a necessidade de fazer parte do sistema aumenta. Então ainda haverá um processo de cadastramento que vai crescer ao longo do tempo”, afirmou.

Moeda digital

O presidente do Banco Central disse ainda que o estudo para a moeda digital pela autoridade monetária não tem o objetivo de substituir 100% da moeda física, mas deve atender a demanda por um dinheiro mais digital.

“O projeto da moeda digital vai na linha de digitalizar a economia e ter o dinheiro mais rastreável. Uma iniciativa é a de aperfeiçoamento do câmbio, outra é o Pix e o open banking. Nessa esteira de inovação, já iniciamos grupo de estudo para moeda digital não apenas para câmbio, mas para ir substituindo a moeda (física) aos poucos”, respondeu.

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Existem hoje as moedas com lastro em algum ativo, as chamadas stablecoins, e as moedas sem lastro, que são as criptomoedas.

Conforme o BC, a moeda digital em estudo é uma moeda “com lastro na própria moeda”, ou seja, no real.

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