Banco do Brasil se conecta à rede do Drex e inicia participação em testes do BC

Expectativa do BC é de que todos os participantes do piloto do Drex estejam conectados ao sistema até meados deste mês

Equipe InfoMoney

(Getty Images)
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O Banco do Brasil finalizou o processo de desenvolvimento interno e se conectou à rede blockchain criada pelo Banco Central para o piloto do Drex, nome do Real Digital no Brasil, iniciando sua participação nos testes da CBDC (sigla em inglês para Moeda Digital do Banco Central), informou o banco.

A expectativa do BC é de que todos os participantes do piloto do Drex estejam conectados ao sistema, os chamados nós validadores, até meados deste mês, para que os testes em si sejam iniciados em setembro.

A primeira fase do teste será a interação entre a CBDC e o real “tokenizado”, espécie de representação digital dos depósitos bancários e dos saldos de instituições de pagamento que serão usados no varejo.

Depois, em fevereiro de 2024, será testada a interação com tokens de títulos públicos. A chegada da novidade para a população pode ocorrer no fim do ano que vem.

Com a instalação de seu nó validador, a partir de agora, o BB poderá criar tokens para simular transações com outros bancos e verificar se o ambiente de negociação é capaz de oferecer escalabilidade, interoperabilidade, segurança e privacidade para o uso da moeda virtual — que são também os primeiros objetivos do BC com o teste.

Marisa Reghini, vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do BB, afirma que a participação do banco no piloto ratifica o compromisso da instituição em assumir uma postura de vanguarda na adoção de tecnologias e inovações para o mercado financeiro.

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“Temos atuação destacada em projetos conduzidos pelo BC, como Pix e Open Finance. Com o Real Digital não haveria de ser diferente”, argumenta Marisa Reghini.

Exemplos de uso

Em nota, o banco ainda destaca que o Real Digital será a porta para acesso à economia tokenizada. Os tokens poderão ser registrados na rede do Real Digital e a liquidação das negociações será feita com moeda segura emitida pelo Banco Central.

“Com isso, uma infinidade de inovações e casos de uso poderão ser estruturados, com segurança regulatória e a robustez do Sistema Financeiro Nacional.”

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A VP de negócios digitais e tecnologia do BB avalia que, com o Real Digital, haverá a possibilidade de melhorar serviços bancários, com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização. Ela prevê que um financiamento de um imóvel, por exemplo, será realizado em questão de horas, com a tokenização do dinheiro e do imóvel.

“Todos os participantes obrigatórios desse processo estarão conectados em uma única rede. Esse é um caso de uso que tem potencial para trazer comodidade aos clientes, melhorar a eficiência da operação, reduzir custos e ampliar o mercado”, explica Marisa Reghini.

Outro mercado que se beneficiará muito com a tokenização, segundo a VP, é o de investimentos. “Poderemos tokenizar títulos públicos ou privados, encarteirados ou não, distribuindo-os de forma fracionada para pequenos investidores”, destaca Reghini.

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Segundo o BB, os estudos sobre tecnologia blockchain foram iniciados no banco público em 2015, implementando casos de uso desenvolvidos internamente e em parceria. Recentemente, dentro do seu programa de Corporate Ventures Capital, o BB investiu na Bitfy, empresa especializada em infraestrutura para operações e criação de aplicações utilizando blockchain.

16 participantes nos testes

O BC recebeu 36 propostas de interesse na participação do Piloto RD, entre candidaturas individuais e consórcios de entidades, totalizando mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros.

O Comitê Executivo de Gestão (CEG) selecionou inicialmente 14 empresas e consórcios e adicionou mais duas participantes (Caixa e Mercado Bitcoin).

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Veja quais são, conforme as regras previamente definidas no regulamento do piloto:

*Com Estadão Conteúdo.