Auxílio emergencial: primeiras datas de pagamento são divulgadas; veja como vai funcionar

Primeiras parcelas começam a ser pagas a partir de 16 de abril; outros grupos devem começar a receber no início do próximo mês

Giovanna Sutto

Dinheiro na carteira (Brenda Beth/Getty Images)
Dinheiro na carteira (Brenda Beth/Getty Images)

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SÃO PAULO – O Ministério da Cidadania divulgou as primeiras datas de pagamento do novo auxílio emergencial. Elas serão pagas aos beneficiários do Bolsa Família. Essa etapa de pagamentos começa em 16 de abril.

A continuação do auxílio emergencial foi vista como uma medida necessária para prestar uma assistência aos mais vulneráveis, em um momento de agravamento da pandemia.

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Dados desta segunda-feira (22) mostram que o Brasil registrou 1.383 novos óbitos pela Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 295.425. O total de casos ultrapassa os 12 milhões, conforme informações do Ministério da Saúde.

O retorno do benefício será dividido em quatro parcelas, com valores que vão variar conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.

A expectativa do governo é de que o benefício seja pago a 45,6 milhões de famílias, sendo: 10,7 milhões beneficiários do Bolsa Família; 6,3 milhões inscritos no Cadastro Único; e 28,6 milhões inscritos pelo site e/ou pelo app do auxílio no ano passado. No total, essa rodada vai custar de cerca de R$ 44 bilhões.

Calendário Bolsa Família

Os pagamentos do auxílio emergencial 2021 para os integrantes do Bolsa Família serão realizados dentro do cronograma regular de pagamento do programa, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) a partir de abril.

Confira o calendário divulgado, serão quatro parcelas mensais:

Final do NIS 1ª parcela (abril) 2ª parcela (maio) 3ª parcela (junho) 4ª parcela (julho)
1 16 de abril 18 de maio 17 de junho 19 de julho
2 19 de abril 19 de maio 18 de junho 20 de julho
3 20 de abril 20 de maio 21 de junho 21 de julho
4 22 de abril 21 de maio 22 de junho 22 de julho
5 23 de abril 24 de maio 23 de junho 23 de julho
6 26 de abril 25 de maio 24 de junho 26 de julho
7 27 de abril 26 de maio 25 de junho 27 de julho
8 28 de abril 27 de maio 28 de junho 28 de julho
9 29 de abril 28 de maio 29 de junho 29 de julho
0 30 de abril 31 de maio 30 de junho 30 de julho

(Divulgação/Ministério da Cidadania)

Vale lembrar que, no caso de beneficiários do Bolsa Família, a regra do valor mais vantajoso continua valendo: a pessoa não pode receber o valor do programa mais o auxílio.

A pessoa receberá o benefício com maior valor, seja a parcela paga no âmbito do programa, ou o valor do auxílio emergencial.

Se o valor pago via programa social for maior que o do auxílio, a família não receberá os valores da nova rodada do auxílio deste ano. Já se o valor pago pelo auxílio for maior, enquanto a família estiver recebendo o benefício, o Bolsa Família será suspenso pelo Ministério.

Calendário de outros grupos

Para os demais beneficiários, o governo ainda não divulgou datas. Em nota ao InfoMoney, a assessoria de imprensa do Ministério da Cidadania explicou apenas que os pagamentos começarão no início de abril para os outros grupos.

“O calendário para o público inscrito pelas plataformas digitais da Caixa e para os integrantes do Cadastro Único está sendo finalizado e será anunciado em breve”, disse o governo na nota.

O InfoMoney também contatou a Caixa, que ainda não tem informações sobre o assunto.

Quem pode receber?

Segundo as informações do Ministério da Cidadania, o auxílio só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. Mas é obrigatório que o beneficiário tenha sido aprovado para receber o benefício em 2020. Não haverá nova fase de inscrições. 

“A elegibilidade ainda será reanalisada pela Dataprev, mas o público a ser analisado será composto apenas pelos trabalhadores elegíveis ao auxílio emergencial ou à sua extensão que tiveram parcelas enviadas para pagamento em dezembro de 2020”, diz o texto do ministério.

Importante ressaltar que pessoas receberam o auxílio, mas que não movimentaram os valores pagos no ano passado não receberão. Além disso, quem teve o auxílio de 2020 cancelado até dezembro do ano passado também não tem direito à nova rodada.

Valores das parcelas

O valor médio por parcela é de R$ 250. Porém, se o beneficiário morar sozinho receberá R$ 150, e mulheres que administram famílias monoparentais receberão R$ 375.

Vale lembrar que apenas um dos membros de cada família poderá receber o auxílio nessa nova rodada. É um novo critério adotado pelo governo. Assim, mesmo se duas pessoas da mesma família sejam elegíveis ao auxílio, apenas uma delas receberá o valor.

Se acontecer de duas pessoas serem elegíveis, o governo definiu um esquema de prioridade: primeiro, a mulher provedora de família monoparental; depois pela data de nascimento mais antiga (se precisar desempatar, o sexo feminino tem prioridade); e por último será usado como critério a ordem alfabética do primeiro nome.

Ou seja, por exemplo, Ana é mãe provedora de uma família monoparental, mas seu filho Pedro também seria elegível ao benefício. Nesse caso, apenas Ana receberá o valor de R$ 375. Ou ainda se João e Júlia forem casados e ambos forem elegíveis, quem for mais velho receberá o valor de R$ 250.

Pagamento das parcelas

Também segundo informações do Ministério da Cidadania, as parcelas dessa nova rodada serão pagas da mesma forma que as anteriores: beneficiários do Bolsa Família recebem o auxílio no mesmo formato que recebem os valores do programa social; e os demais beneficiários receberão os valores na conta poupança digital da Caixa, que pode ser movimentada pelo app Caixa TEM.

A conta poupança digital da Caixa foi criada ano passado automaticamente para todos os trabalhadores correntistas ou não do banco federal.

Giovanna Sutto

Responsável pelas estratégias de distribuição de conteúdo no site. Jornalista com 7 anos de experiência em diversas coberturas como finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira.