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O mercado segurador brasileiro fechou o 1º semestre deste ano com arrecadação de 181,7 bilhões, alta de 7,69% na comparação com igual período do ano passado.
Os dados integram levantamento realizado pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) a partir de informações da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Thiago Ayres, superintendente de estudos e projetos da CNseg, destaca que os números estão dentro do esperado pelo setor e comenta que os produtos relacionados a danos avançaram mais no período do que os seguros ligados às pessoas.
“O PGBL e o VGBL, por exemplo, apresentaram crescimento menor, porque a parte da acumulação depende da disponibilidade de renda e do nível de endividamento, que ainda está alto e, por isso, os seguros de bens estão avançando mais que acumulação”, avalia.
Os seguros de danos e responsabilidades apresentaram expansão de 14,51% na primeira metade deste ano, na comparação com igual período de 2022. Já as coberturas de pessoas aumentaram 4,37%.
Indenizações
O levantamento mostra ainda que as indenização cresceram 2,45% entre janeiro e junho deste ano contra os mesmos meses do ano passado. O pagamento de indenizações, benefícios e resgates atingiu o montante de R$ 115,5 bilhões nos 6 primeiros meses deste ano.
Ayres atribui o resultado ao seguro rural, que teve queda de 68,2% no pagamento de indenização. “Em 2022, tivemos o pico histórico de pagamento de indenizações. Tirando o rural, o setor cresceu 8,2% no total de pagamentos. É a mesma taxa que a gente vem acompanhando os últimos anos e é muito estável”, considera Ayres.
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Expectativas
Ayres comenta que as expectativas do setor para o segundo semestre são positivas e projeta crescimento de 10% na arrecadação no acumulado do ano.
“É importante lembrar que tivemos um cenário de corte de Selic e isso pode mudar o resultado do setor. Outro resultado que também pode mudar é o do seguro de automóveis. Com o incentivo do governo de reduzir o valor dos veículos, isso tem reflexo no setor de seguros e devemos ter um efeito positivo por conta disso”, afirma.
Em junho, o governo reduziu as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para a indústria automotiva com o objetivo de incentivar a venda de carros novos.
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De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a venda de veículos registrou alta de 10,3% em junho sobre igual mês de 2022.
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