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A CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) revisou a projeção de crescimento dos seguros para este ano. As novas estimativas são de que o setor terá crescimento de 11,8% em 2024 — a previsão anterior, feita em junho, era de uma alta de 11,5%. A projeção considera o setor como um todo, excluindo saúde e DPVAT.
A entidade revisou ainda a expectativa de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil de 2,5%, em novembro do ano passado, para 3% em agosto deste ano. A inflação, por sua vez, deve ficar em 4,11% e a Selic, em 11,75%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pela CNseg.
Dyogo Oliveira, presidente da entidade, destaca que o cenário macroeconômico tem impacto direto no crescimento do setor e com a atividade econômica do país se mantendo mais forte, puxada pelo emprego e massa salarial, a previsão é que o crescimento tanto da economia quanto do setor seja maior do que o projetado anteriormente.
“É um cenário bastante positivo com a inflação em níveis razoáveis e crescimento mais acelerado. Isso tem impacto no setor, com alguns setores sendo beneficiados e outros, que têm uma dinâmica diferente, nem tanto”, afirma.
Seguro rural
Um dos segmentos que teve a expectativa de crescimento revisada para baixo foi o seguro rural. Em julho era projetado uma expansão de 7,9%, o percentual foi reduzido para 1,% em setembro.
De acordo com Oliveira, o ano começou com projeção de crescimento elevada que tinha a ver com subvenção do seguro rural pelo governo federal. No entanto, a execução ocorreu de maneira mais lenta do que a esperada. “No ano passado, a essa altura, o orçamento da subvenção já tinha sido quase todo usado”, comentou.
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Automóveis
Outro segmento que teve a projeção de crescimento revisada para baixo foi o de automóveis, que era 16% e agora está em 2,7%.
Oliveira explica que trata-se de um movimento no próprio mercado, com composição maior de veículos elétricos, queda de preço do automóvel e do próprio seguro. “Essa combinação de fatores acaba reduzindo a arrecadação do setor em automóveis”, afirmou.
Cobertura de pessoas
Na outra ponta, a projeção do segmento de cobertura de pessoas saltou de 13% para 15,1% entre junho e setembro deste ano.
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O destaque ficou para a previdência aberta, que tinha expectativa de crescimento de 14,1% e agora está em 15,9%.
“Há um efeito positivo da renda disponível maior, redução do endividamento e a rentabilidade do produto, que permite acumular poupança dentro dos planos de previdência aberta”, disse Oliveira ao destacar que há uma percepção maior, depois da pandemia, da importância de ter algum produto de cobertura de risco.
Projeções de arrecadação do setor
Projetado em jun/24 | Projetado em set/24 | |
DANOS e RESPONSABILIDADES s/ DPVAT | 10,3% | 7,2% |
Automóveis | 7,2% | 2,7% |
Patrimonial | 16,6% | 13,9% |
Habitacional | 9,8% | 12,9% |
Transportes | 9,0% | 5,9% |
Riscos Financeiros | 21,0% | 21,0% |
Garantia Estendida | 9,1% | 11,2% |
Responsabilidade Civil | 14,4% | 7,9% |
Rural | 7,9% | 1,0% |
Marítimos e Aeronáuticos | 2,9% | 11,4% |
COBERTURAS DE PESSOAS | 13,0% | 15,1% |
Seguros de Pessoas | 10,1% | 12,9% |
Previdência Aberta | 14,1% | 15,9% |
CAPITALIZAÇÃO | 4,3% | 5,5% |
MERCADO s/ SAÚDE e s/DPVAT | 11,5% | 11,8% |
SAÚDE | 8,0% | 10,0% |
MERCADO s/DPVAT | 10,0% | 11,0% |