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Os planos de previdência privada aberta no país receberam um total de R$ 176,5 bilhões em aportes de janeiro a novembro de 2024, montante superior em 15,4% ao registrado no mesmo período do ano anterior, informa a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa as empresas que operam no ramo.
Na mesma base de comparação os resgates subiram 5,1%, totalizando R$ 122,8 bilhões. Logo, a captação líquida – que é o resultado da arrecadação total dos planos subtraindo os resgates – foi de R$ 54,6 bilhões, uma expansão de 49,6%.
Em relação aos ativos, ao final de novembro o setor segurador realizava a gestão de cerca de R$ 1,6 trilhão, que é o equivalente a 13,4% do PIB brasileiro.
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Número de planos e participantes em alta
Os dados mostram ainda que o total de pessoas com planos de previdência privada aberta no país é de 11,2 milhões, o que corresponde a 7% da população brasileira com 18 anos ou mais. Desses, 9 milhões estavam em planos individuais e outros 2,3 milhões estavam em coletivos, isto é, quando a empresa realiza a contratação da previdência complementar para o trabalhador, por exemplo.
Ao todo, essas pessoas possuem mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta, sendo 80% na modalidade individual – quando a própria pessoa toma a iniciativa de contratar um plano desta natureza – enquanto os demais 20% são da modalidade coletiva.
Ao analisar os planos por tipo de produto, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é o favorito, sendo a escolha em 63% dos planos comercializados (8,9 milhões). Em seguida está o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) com participação de 22% ou 3,1 milhões de planos. Os demais 15% (2,2 milhões de planos) se referem aos planos tradicionais.
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PGBL e VGBL são dois tipos diferentes de planos de previdência privada aberta cuja diferença, basicamente, se dá na forma de incidência do Imposto de Renda.
O PGBL é a modalidade mais indicada para quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda e permite que o valor investido no plano seja deduzido em até 12% da renda bruta tributável que o contribuinte recebeu no ano.
Já o VGBL é o plano de previdência privada criado para alcançar a população de renda mais baixa ou que está no início da vida profissional. A modalidade foi criada depois do PGBL, com foco em quem é isento do IR ou utiliza o modelo simplificado para fazer a declaração, já que essa modalidade não oferece o benefício da dedução do tributo da base de cálculo. Porém, no momento do resgate, o imposto será cobrado somente sobre os rendimentos, e não sobre o total acumulado.
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Além de ser o plano mais escolhido, o VGBL foi o produto que mais arrecadou: foi responsável por 92% da captação bruta no período (de janeiro a novembro de 2024), segundo a Fenaprevi. Por sua vez, nos planos PGBL foram aportados mais de R$ 11 bilhões ou 6,4% do total aferido, frente aos cerca de R$ 2,7 bilhões captados em planos tradicionais de previdência privada aberta.