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Os planos de previdência privada aberta no país receberam aportes que somam R$ 130,8 bilhões nos oito primeiros meses de 2024, número 17,9% maior do que o montante registrado no mesmo período do ano passado. É o que aponta relatório da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) divulgado nesta quinta-feira (17).
Já os resgates, por sua vez, subiram 2,4% na mesma base de comparação, variação menor do que a inflação do período, totalizando R$ 88,5 bilhões. Com isso, a captação líquida – que é o resultado da arrecadação total dos planos subtraída dos resgates – foi de R$ 42,3 bilhões, alta de 72,3% em comparação com o acumulado de janeiro a agosto de 2023.
No fim de agosto, o setor administrava mais de R$ 1,5 trilhão em ativos nesses planos, valor que supera o equivalente a 13% do PIB brasileiro.
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Cresce número de planos e participantes
O universo de clientes ou participantes que possuem previdência privada aberta também aumentou, totalizando 11,2 milhões de pessoas com planos comercializados no Brasil. O crescimento é de 1,9%, quando comparado ao mesmo mês em 2023 e tem potencial para mais, segundo a Fenaprevi. A entidade aponta que, apesar do avanço, esse contingente representa apenas 7% da população com 18 anos ou mais no país.
Ao todo, essa população possui mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta, dos quais 80% eram da modalidade individual, isto é, quando a própria pessoa toma a iniciativa de contratar um plano desta natureza, enquanto os demais 20% são coletivos.
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Em relação ao tipo de produto, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é o favorito, representando 63% dos planos comercializados (8,9 milhões), seguido pelo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) com participação de 22% (3,1 milhões de planos) e os demais 15% (2,2 milhões) são planos tradicionais.
A maioria dos aportes foi na modalidade VGBL, responsável por 92% da captação total no período, ou cerca de R$ 120 bilhões. Já nos planos PGBL foram aportados mais de R$ 8 bilhões ou 6% do total aferido, frente aos cerca de R$ 2 bilhões captados em fundos tradicionais de previdência privada aberta.
O VGBL é um tipo de plano de previdência privada voltado para quem é isento do IR (Imposto de Renda) ou utiliza o modelo simplificado para fazer a declaração. A modalidade não permite a dedução do tributo da base de cálculo, mas possibilita que o imposto seja cobrado somente sobre os rendimentos, e não sobre o total acumulado, no momento do resgate.
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Já o PGBL é a modalidade mais indicada para quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda, já que permite que o valor investido no plano seja deduzido em até 12% da renda bruta tributável que o contribuinte recebeu no ano.
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