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SÃO PAULO – Um novo estudo realizado pelos economistas Eugenio Proto, da Universidade de Warwick, e Aldo Rustichini, da Universidade de Minnesota, descobriu que a satisfação com a vida está correlacionada com a renda per capita e que o pico de felicidade é quando a renda média anual atinge US$ 33 mil (ou cerca de R$ 77.434,50, de acordo com a cotação de 15 de janeiro do Banco Central). A partir de então, a satisfação tende a diminuir, enquanto a renda aumenta.
Segundo o estudo publicado no VoxEu, ao longo dos anos, a felicidade acompanha o rendimento médio. Depois do pico de US$ 33 mil por ano, ela começa a diminuir, indo contra o crescimento contínuo da renda.
Para chegar à conclusão, Proto e Rustichini dividiram dados econômicos de cada país em 50 subconjuntos ou “quantis” e, em seguida, analisaram a relação entre a riqueza e satisfação com a vida dentro desses subconjuntos.
Os economistas também afirmam que a felicidade tende a ser maior em países mais ricos, mas o efeito mais forte dos rendimentos sobre a satisfação com a vida é vista em países mais pobres, onde um leve aumento na renda per capita resulta em maior felicidade.
Os autores concluem com a pergunta: “Nossa análise mostra que o crescimento do PIB a longo prazo é certamente desejável nos países mais pobres, mas é uma característica desejável entre os países desenvolvidos também?”