Anatel adia implantação do 5G no Brasil para setembro

Decisão foi motivada pela impossibilidade de entrega dos equipamentos diante da pandemia, que atrasaram a produção de semicondutores

Equipe InfoMoney

(REUTERS/Eric Gaillard)
(REUTERS/Eric Gaillard)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta  quinta-feira (2) um prazo adicional de 60 dias para implantação do sinal de internet 5G em todas as capitais do país. Agora o início fica marcado para setembro.

O início da operação da subfaixa de radiofrequências de 3.300 a 3.700 MHz estava previsto para 30 de junho e ativação de uma Estação Rádio Base (ERB) para cada 100 mil habitantes das capitais deveria ter início em 31 de julho.

Com a alteração, os prazos passam para 29 de agosto e 29 de setembro de 2022.

A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores às da 4G.

A decisão do conselho diretor da agência foi motivada pela impossibilidade de entrega dos equipamentos devido às restrições provocadas pela pandemia de Covid-19 na China, que atrasaram a produção de semicondutores,  além da demora na liberação dos produtos e de limitações no transporte aéreo.

A mitigação interferências nas estações satelitais também foi levada em conta.

Vale ressaltar que o sinal 5G poderá começar a funcionar em centros urbanos dentro do período previsto originalmente, 31 de julho, segundo Moisés Moreira, conselheiro da Anatel e presidente do Gaispi.

De acordo com Moreira, a medida foi tomada por “cautela”. Segundo ele, as empresas relataram escassez de equipamentos necessários para a implantação do 5G.

É o caso do aparelho que funciona como filtro nas antenas profissionais, para que não haja interferência com o sinal do 5G.

5G nos aeroportos

A Anatel também publicou, recentemente, consulta pública sobre os requisitos que deverão ser observados pelas operadoras na instalação de estações para operar a tecnologia 5G, na subfaixa de 3,3 GHz e 3,7 GHz, em áreas próximas de determinados aeroportos.

A agência diz que a medida será empregada em caráter de “precaução”, pois os estudos que realizou não revelaram riscos de interferência entre o uso típico de redes celulares na faixa de 3,5 GHz (adotada pelo Brasil para o 5G) e os equipamentos de radionavegação aeronáutica. A consulta ficará aberta para receber contribuições até 22 de junho.

*Com Agência Brasil.

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