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SÃO PAULO — Com contratos que somam mais de R$ 1 bilhão com entidades públicas para 2021, em sua maioria para o fornecimento de notebooks para escolas estaduais, e também para a entrega de 225.000 urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições de 2022, a Positivo Tecnologia (POSI3) diz não ter sido abalada pelas recentes discussões em torno da possível adoção de voto impresso no país — proposta que foi rejeitada pela Câmara em 10 de agosto.
Em live do InfoMoney, o CFO da companhia, Caio de Moraes, destacou que as urnas são seguras, mas que permitem a conexão à impressora, caso o voto impresso tivesse sido aprovado. A empresa atua em várias frentes — além do braço que atende o setor público, tem o segmento consumer, voltado às pessoas físicas, e o segmento corporativo, com vendas de equipamentos para empresas.
“Nós estamos fornecendo as urnas, o equipamento urnas, que é um equipamento que passou por todos os testes de segurança necessários para ser homologado e ganhar a licitação. Passamos com louvor. Nossa solução foi a solução tecnicamente mais completa. E eu ressalto também que a urna tem a possibilidade de conexão à impressora. Não estamos fornecendo as impressoras, estamos fornecendo as urnas, mas isso é possível ser feito. Então, estamos bastante tranquilos, a gente acredita que essas discussões todas [sobre voto impresso] são absolutamente neutras para a companhia, não teriam impacto nenhum”, disse o executivo.
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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
A Positivo viu sua receita bruta crescer 89% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 87% no semestre, frente à primeira metade de 2020, totalizando R$ 1,7 bilhão entre janeiro e junho. Ela também teve recorde histórico de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral, de R$ 102 milhões, e de Ebitda nos últimos 12 meses, de R$ 327 milhões.
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A margem bruta da companhia atingiu 26% no segundo trimestre deste ano, com margem Ebitda de 13%. O lucro líquido semestral foi de R$ 107 milhões. Moraes destacou que houve crescimento em todas as unidades de negócio da companhia — a receita bruta da unidade de consumer cresceu 131% no semestre, para R$ 1 bilhão; no corporativo, o crescimento foi de 36% no semestre, a R$ 279 milhões; e no segmento público, o avanço foi de 54%, a R$ 425 milhões.
“Eu destaco a manutenção do alto volume de vendas de computadores. É um mercado que continua bastante aquecido, com crescimento de 52% na comparação ano contra ano semestral”, disse. “Na área de mobilidade, representada por celulares e tablets, também tivemos crescimento expressivo, especialmente em tablets, que cresceram 92% na base semestral, ano contra ano”, completou.
O executivo afirmou ainda que a Positivo reestruturou a área de negócios corporativos. “É a unidade de negócios com o maior potencial de crescimento do portfólio”, disse. A companhia também reformulou sua área de relações com investidores e reativou sua área voltada à educação, visando conectar edtechs, escolas públicas e privadas e as soluções de hardwares e softwares educacionais da Positivo.
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Moraes falou ainda sobre a falta de componentes gerada pela pandemia de Covid-19 e como a Positivo conseguiu contornar o problema com seus fornecedores na Ásia, falou sobre o licenciamento e primeiras vendas da marca Compaq no semestre, sobre o crescimento da avenida de casa inteligente, com produtos como a smart lâmpada e parcerias com construtoras, como a MRV, e também sobre os investimentos na Hilab, o braço de venture capital do grupo.
O CFO da companhia explicou que 90% dos insumos utilizados pela Positivo na fabricação de seus produtos são dolarizados, por isso a empresa possui um hedge para a variação cambial. Além disso, ele comentou ainda sobre o fim do contrato de exclusividade com a Cielo para as soluções de meios de pagamento, o que abre oportunidade para a empresa captar novos clientes na área. Moraes falou também sobre a estratégia da companhia para o HaaS (Hardware as a Service).
“A gente está numa situação muito confortável de endividamento e alavancagem, de 1x a relação dívida líquida/Ebitda, com posição de caixa bastante robusta para fazer face ao crescimento que a gente enxerga nos próximos trimestres. Temos um otimismo maior com a segunda metade do ano porque geralmente ela representa aproximadamente 55% da receita anual da companhia, tendo como base os últimos anos. Este ano não deve ser diferente”, afirmou o CFO. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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