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SÃO PAULO – Após comprar seu sonhado carro, a primeira medida a tomar é contratar um seguro automotivo. Porém, prestar atenção em todos os detalhes que envolvem o valor do contrato é um dever que poucos cumprem.
Segundo o sócio-diretor da corretora on-line EscolherSeguro, Marco Kemp, itens como assistência 24 horas e carro reserva podem resultar geralmente em uma economia ou acréscimo de R$ 100 a R$ 200 por serviço contratado. “É necessário que o consumidor realize uma análise criteriosa das coberturas que realmente precisam ser contratadas e quais devem ser descartadas”.
Kemp dá um exemplo: “se o segurado comprou um carro zero quilômetro é possível retirar da apólice a assistência 24 horas, já que a maioria das montadoras oferece este serviço gratuitamente no primeiro ano de utilização”, explica.
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Para ajudar na escolha do seguro mais adequado ao perfil de cada consumidor e que também se apresente com o melhor custo benefício, o especialista preparou cinco dicas para os clientes consultarem antes de fechar a contratação da apólice. São elas:
1. Compare diversas seguradoras
Os preços de seguros com coberturas semelhantes em diferentes seguradoras podem apresentar uma diferença de 100% ou até mais. De acordo com Kemp, contratar um seguro de automóvel pelo melhor preço não significa, necessariamente, pagar o menor valor do mercado.
“A opção mais barata nem sempre é um bom negócio, já que ela pode excluir algum tipo de proteção que o segurado deveria ter. O mais importante é verificar as coberturas e os serviços que cada companhia oferece, analisando sempre o custo benefício”, afirma.
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No caso de renovação, Kemp explica que antes de aceitar imediatamente um novo contrato com a atual seguradora, é importante que o consumidor consulte cotações em pelo menos duas ou três novas companhias.
2. Contrate o que realmente precisa
Verifique se as coberturas e serviços do seguro atendem às suas necessidades. Caso o segurado use pouco o carro é possível retirar algumas coberturas e serviços adicionais. Por outro lado, se o veículo for utilizado diariamente para ir ao local de trabalho ou estudar é recomendável a contratação de coberturas mais amplas, como carro reserva e assistência 24 horas – desde que o carro não seja zero quilômetro.
Mas atenção: se o segurado tem a possibilidade de utilizar o transporte coletivo (ônibus, metrô, trem, etc.) durante um eventual conserto na oficina é possível baratear o valor da apólice eliminando a opção do carro reserva, aconselha Kemp.
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3. Verifique o valor da franquia
Quanto maior o preço da franquia, menor o valor da apólice. No entanto, segundo o especialista, antes de optar pela franquia mais alta é importante lembrar que o segurado deverá arcar com todas as despesas que custem menos que o valor estipulado em contrato. Portanto, é preciso avaliar cuidadosamente se o orçamento comporta a franquia escolhida em caso de sinistro.
4. Mínimo de R$100 mil para danos materiais e corporais
Com o aumento de renda da população brasileira, a frota de automóveis nas ruas está cada vez mais sofisticada, diz Kemp. Por essa razão, recomenda-se que os consumidores ampliem na apólice a cobertura de RCF-V (Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos), que incluem danos materiais e corporais a terceiros.
Kemp explica que a diferença de contratar a cobertura de R$ 50 mil para R$ 100 mil varia geralmente entre R$ 100 e R$ 300 no preço final do seguro. “O acréscimo é pequeno se for analisado que o segurado terá uma tranquilidade maior no caso de provocar um acidente com veículos caros ou pessoas de alta renda, além de evitar processos judiciais que podem provocar indenizações altíssimas e que terão de ser pagas do próprio bolso”.
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5. Estacione em garagens e utilize dispositivos antifurto
Segundo o sócio-diretor da EscolherSeguro, a maioria das seguradoras oferece vantagens para veículos que não ficam expostos na rua, principalmente durante a noite. “O desconto para o segurado pode variar entre 5% e 10%, de acordo com o período que o carro passa dentro de garagens privativas ou estacionamentos”.
O executivo diz ainda que a mesma regra se encaixa em relação à utilização de dispositivos antifurto no veículo, como bloqueadores ou rastreadores. “O consumidor pode obter um bom preço na apólice se conseguir agregar estes dois requisitos”, conclui.
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