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SÃO PAULO – Em meio às transformações causadas ou aceleradas pela pandemia, o aumento do consumo online foi um dos destaques. O e-commerce brasileiro conquistou 13 milhões de novos consumidores no ano passado, 29% a mais do que o observado em 2019.
E na vida financeira as pessoas também buscam consumir praticidade e tecnologia: uma pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com a TecBan, dona do Banco24horas, mostra que a quantidade de pessoas que possuem contas em bancos digitais está próxima das que possuem contas apenas em bancos tradicionais, ou os grandes bancos: 42% versus 49%, respectivamente. Essa é a primeira vez que a pesquisa é feita e o instituto não possui dados comparativos a outros anos.
Das pessoas que possuem contas em bancos digitais, 31% possuem conta também em um banco tradicional — só 11% possuem apenas em bancos digitais. Entre a faixa etária mais jovem, de 18 a 29 anos, o número cresce ainda mais: 51% dos jovens possuem conta em bancos digitais, sendo 19% apenas nesse formato.
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Diante da aceleração do consumo online e chegada do Open Banking (veja mais abaixo), o que se poderia imaginar é que os bancos tradicionais estão ganhando concorrentes cada vez mais fortes e que estão atraindo mais clientes.
Porém, segundo Luiz Stefani, diretor de autoatendimento da TecBan, não há elementos na pesquisa que permitam concluir que os bancos tradicionais estejam perdendo força, por enquanto. “O dado evidencia que a população está procurando mais serviços financeiros e que há espaço para todos os players de acordo com o perfil do cliente”, afirma.
A pesquisa foi feita com 1.600 entrevistados em todo o país, com 18 anos ou mais, entre 13 e 21 de maio, e foi divulgada nesta quarta (11).
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Open Banking
De um lado os bancos digitais querendo mais espaço, do outro os bancos tradicionais querendo manter seu espaço — muito significativo no Brasil. A disputa já começou, mas ficará ainda mais acirrada a partir da segunda fase do Open Banking, que tem data de início marcada para esta sexta-feira (13).
Com o Open Banking, o cliente terá mais autonomia para decidir com quem, para quem e por quanto tempo vai querer compartilhar alguns dados a fim de ter acesso a serviços e produtos mais adequados ao seu perfil e até mais baratos.
“O Open Banking certamente trará ainda mais alternativas para os consumidores e permitirá que as instituições conheçam de forma mais profunda o perfil do cliente, para que os produtos e soluções sejam oferecidos de forma mais objetiva. Devem surgir propostas de serviços adequados aos diferentes perfis e realidades”, comenta Stefani.
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Além disso, com o conceito em prática a estrutura transacional do sistema financeiro também deve mudar devido às novas possibilidades nas formas de iniciar transferências e modalidades de pagamentos.
Especialistas desenham estratégias que os dois perfis de instituições financeiras poderão usar para atingir o sucesso, mas o bom funcionamento do Open Banking vai depender, de fato, da adesão dos consumidores e hoje não é possível cravar como será esse processo.
O InfoMoney produziu um especial sobre Open Banking que conta tudo o que você precisa saber sobre a segunda fase e todo o ecossistema que passa a vigorar na vida financeira das pessoas.
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Serviços mais e menos usados nos bancos
A pesquisa do Instituto Locomotiva mostrou também quais são os serviços de bancos mais usados entre os entrevistados: o recebimento e o saque de dinheiro são as operações mais comuns entre os brasileiros que possuem conta em banco, com 65% de predominância.
Segundo Marcos Mazzi, gerente executivo do Banco24Horas, a operação de saque é especialmente relevante entre os brasileiros das classes D e E. Ao todo, 27% das pessoas bancarizadas nessa faixa de renda têm no saque a operação mais utilizada.
“Existe uma parcela enorme da população que saca o dinheiro para ter mais controle e até mais descontos. O Banco24Horas oferece acesso a mais de 90 serviços financeiros e não apenas ao dinheiro”, avalia Mazzi.
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Veja os serviços mais e menos usados pelos entrevistados nos bancos – aqui a pesquisa não separou bancos digitais dos tradicionais, portanto, a resposta inclui bancos em geral:
O levantamento ainda registra que 20% dos brasileiros, em torno de 32 milhões de pessoas, utilizaram algum aplicativo para trabalhar ou obter renda e 37% dos entrevistados sacam tudo o que ganham nos apps.
“O consumidor procura uma ponte entre o físico e o digital. No século XXI, a lógica que de fato entrega tudo o que o consumidor precisa é aquela que une as comodidades do digital com a experiência que só o físico consegue oferecer”, diz Renato Meirelles, CEO do Instituto Locomotiva.
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