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O 13º salário é um direito do trabalhador que tem carteira assinada. E em um ano de endividamento recorde, com uma inadimplência alcançando 30% das famílias, o benefício é usado para aliviar a pressão no bolso, ainda mais no final do ano.
Se o valor extra não for utilizado de forma planejada, pode desequilibrar ainda mais o orçamento de quem já enfrenta a indadimplência e o endividamento.
Com as parcelas do benefício já depositadas em conta neste ano — a última foi disponibilizada nesta terça-feira (20) — veja o que é possível fazer a partir de recomendações dadas por Mara Marcondes, head de comunidade e engajamento da Quattro Investimentos.
Veja as dicas:
1. Planeje o que vai fazer com o 13°
Os efeitos da pandemia ainda assombram muitas famílias que seguem lutando para conseguir recuperar o status “azul” no orçamento, diante de dívidas, do desemprego e da alta da inflação.
A especialista recomenda que o consumidor aproveite a entrada do 13° para fazer seu planejamento financeiro e avaliar quais são seus custos fixos, as despesas inesperadas e os gastos das festas de final de ano. Sem saber essas informações básicas, a destinação do recurso de forma incorreta pode até piorar seu fluxo financeiro.
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O InfoMoney tem guia completo sobre Planejamento financeiro.
2. Quite as dívidas
Se no seu orçamento aparecerem dívidas de empréstimos, financiamentos, cheque especial, cartão ou mensalidades em atrasos, é sinal de que essa quantia do benefício pode ser aproveitada para ajustar os pagamentos. Sair das dívidas deve ser a prioriadade para ter uma saúde financeira.
A especialista sugere negociar com cada credor o pagamento antecipado dos contratos, e se estiver em atraso, proponha um acordo para reduzir os juros e liquidar a dívida.
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Mas, se os contratos estiverem em dia, opte por quitar os contratos de maior prazo e taxa de juros. O melhor é quitar as últimas parcelas, pois o desconto dos juros, em uma antecipação, amortiza os encargos, diminui o saldo da dívida e reduz o número de parcelas.
3. Antecipe o pagamento das despesas de início de ano
O ano começa e logo recebemos os boletos de IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, e tantas outras despesas que, se quitadas de forma antecipada, podem garantir um bom desconto.
E mesmo com taxa Selic em expectativa de alta, o que é muito interessante para os investidores, o CDI e a Poupança (índices que remuneram os investimentos mais conservadores), continuam em um patamar de rentabilidade menor, por isso, antecipar esses contratos com desconto poder ser muito atrativo, segundo Marcondes.
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Quitar essas contas, ainda de acordo com a especialista, não vai aumentar as despesas mensais, geradas pelo parcelamento dos compromissos de início do ano.
4. Faça investimentos
Agora, se você não tem dívidas e está preparado para as despesas de início de ano, este é um ótimo momento para fazer uma carteira de investimentos ou ampliar seus investimentos.
Para começar suas aplicações, monte uma reserva de emergência, que deve compor no mínimo 3 a 6 vezes suas despesas mensais.
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Segundo a especialista, para este tipo de investimento, o ideal é buscar aplicações que tenham menor grau de risco e maior liquidez, para o caso de resgate imediato, pois imprevistos acontecem e o melhor é estar preparado para eles.
Se você já investe tente equilibrar seu portfólio aplicando em diferentes categorias de investimentos para ir aumentando seu patrimônio.
5. Planeje seu próximo ano
Outra dica é aproveitar o 13° salário para realizar sonhos, seja o de fazer uma viagem, uma certificação profissional ou até mesmo um projeto que envolva a ampliação do patrimônio, a exemplo da compra de um imóvel. Tudo isso se o consumidor não tiver dívidas e estiver preparado financeiramente para as tradicionais contas de começo de ano.
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A especialista recomenda que a pessoa avalie seu projeto e aproveite este dinheiro para realizá-lo, afinal, o dinheiro é um instrumento pelo qual se conquista uma melhor qualidade de vida para você e seus dependentes financeiros.
“Aproveite essas dicas e, lembre-se: o mais importante é se provocar para fazer aquilo que precisa ser feito, evite a procrastinação e efeitos ‘bola de neve’ em suas finanças”, diz Marcondes.