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A Zamp (ZAMP3), operadora de redes de fast food como Burger King no Brasil, anunciou na noite de quarta-feira que assembleia geral extraordinária aprovou a saída da companhia do segmento Novo Mercado da B3 sem realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA), conforme pedido do Mubadala feito em novembro.
A companhia anunciou ainda que o presidente do conselho de administração, Marcos Grodetzky, apresentou pedido de renúncia.
A Zamp anunciou no final de novembro que recebeu pedido do Mubadala Capital para convocação de assembleia geral extraordinária para a saída da companhia do Novo Mercado da B3 e consequente migração para o segmento básico de listagem da bolsa brasileira. Na época o Mubadala Capital, por meio da MC Brasil, detinha 30,4% do capital da Zamp.
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Na visão de analistas do Bradesco BBI, a saída do Novo Mercado e a renúncia de importantes conselheiros confirmam a força do Mubadala, um movimento dos acionistas que começou em agosto do ano passado. “Consequentemente, Zamp deverá fazer mudanças nas prioridades estratégicas nos próximos meses.”
Em relatório a clientes nesta quinta-feira, eles citaram que o grupo de controle anterior concentrou-se na redução de despesas e na aceleração da geração de fluxo de caixa, enquanto a estratégia do Mubadala parece consistir em retomar crescimento, tanto orgânico como inorgânico, segundo notícias.
“Por enquanto, mantemos nossa postura conservadora em relação ao nome, pois ainda existem incertezas em relação à estratégia de crescimento, às expectativas de geração de fluxo de caixa e à reestruturação da gestão”, afirmaram Felipe Cassimiro e equipe.
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O Bradesco BBI tem recomendação “neutra” para as ações, com preço-alvo de R$ 6.
Na bolsa paulista, as ações da Zamp desabaram 19,31%, a R$ 4,68, na mínima do dia, nesta quinta.
A empresa também afirmou nesta quinta-feira que o conselho de administração aprovou antecipação de período de carência de ações entregues em planos de concessão de papeis e que isso resultará em um impacto de cerca de R$ 46,2 milhões, incluindo encargos devidos pela Zamp.
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Na AGE realizada na quarta-feira, os acionistas da Zamp rejeitaram por maioria de votos inclusão de cláusulas que tornam mais custosa eventual aquisição da companhia, como a que previa realização de OPA caso qualquer investidor adquira fatia de pelo menos 33% das ações da empresa. A proposta que previa limitação de voto em votações para alteração de cláusulas de governança e direitos de acionistas também foi rejeitada.
(com Reuters)