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SÃO PAULO – O expressivo desempenho que a Santos Brasil (STBP11) tem apresentado foi fundamental para a XP Investimentos decidir incluí-las em seu portfólio mensal no lugar das ações da Estácio Participações (ESTC3). De acordo com a corretora, a queda recente de cerca de 14,8% foi exagerada, dado o receio de intervenção.
Conforme diz a equipe de analistas, os contratos de concessões não regulam as tarifas portuárias, deixando a cargo do mercado (leia-se Santos Brasil) escolher seu patamar. Portanto, atribuímos uma baixa probabilidade de intervenção direta, deixando a cargo das possíveis novas licitações (no âmbito do PNLI), um acréscimo de concorrência, por consequência queda de preços. Ainda assim, julgamos prematuro tal movimento, uma vez que a própria companhia teria condições de pleitear novas operações.
Entre os pontos fortes da companhia, a XP destaca o grande incremento no volume movimentado nas operações portuárias e bem quisto reajuste de preços na operação de armazenagem, que possibilitou o aumento de receita.
Saída da Estácio
As ações da Estácio foram excluídas da carteira porque a corretora não vê tanto potencial de alta, já que os ativos estão bem próximos do preço-alvo de R$ 35,00. “Devido à forte trajetória de alta, o setor como um todo, já apresenta sinais de esgotamento”, avaliam os analistas. As ações já se apreciaram 96,49% neste ano.
Apesar da boa gestão e da expectativa de próximos trimestres com resultados satisfatórios, acreditamos que o preço das ações da empresa tenha chegado próximo ao determinado por nós como valor justo para seu crescimento, o que seria em torno de R$ 35,00. Devido à forte trajetória de alta dos papéis neste ano, acreditamos que a valorização para justificar o crescimento da empresa, e também do setor de educação como um todo, esteja próxima de um esgotamento, ao menos no curto prazo, o que faria os papéis do setor atingirem um nível de estabilidade, sem gerar upsides largos como vinham fazendo até o momento.
Os fundamentos para a empresa, porém, continuam bons, na visão da XP. Segundo a corretora, a Estácio segue com seu processo de reestruturação, até o momento bem sucedido, com foco no crescimento orgânico e na constante melhora da qualidade dos recebíveis. “Ainda temos a companhia como preferência no setor de educação, especialmente devido à estratégia diferenciada frente aos seus concorrentes diretos”, adicionaram os analistas.
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Desempenho
A carteira se valorizou 5,0% no mês passado, ante alta de 3,7% do Ibovespa. O bom desempenho foi atribuído às ações da OSX (OSXB3, +11,5%), da Cosan (CSAN3, +9,6%) e da Vale (VALE3, +8,0%). Na ponta oposta, estavam as ações da OHL Brasil (OHLB3, -5,3%), por receio do mercado de que o risco regulatório após as medidas anunciadas no caso da renovação de concessões do setor elétrico fosse respingado sobre elas.
“Ainda que os setores não possuam nenhuma correlação direta, o receio de que o governo poderia querer renegociar os termos de contratos de todos os serviços de concessionárias, afetou o desempenho dos setores regulados” , disseram os analistas. “Vimos a interpretação do mercado como muito exagerada e desmedida, dado que as concessões da OHL encontram vencimento somente no longo prazo e uma vez que não acreditamos na quebra de contratos por parte do governo”, adicionaram.
Carteira de ações recomendadas para outubro:
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