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Apesar da Magazine Luiza (MGLU3) estar focada em reestabelecer as bases para retomar um ciclo de crescimento saudável, as perspectivas macroeconômicas continuam desafiadoras. Essa é a visão da XP Investimentos, que optou por manter recomendação neutra e cortar o preço-alvo para ação de R$ 25 para R$ 14 ao final de 2025.
O time de análise da instituição financeira avalia que o ciclo de aumento de juros deve dificultar uma performance melhor de receita no futuro.
Apesar de esperanças de uma demanda melhor em 2024 e dos sinais positivos de recuperação das lojas físicas no 2T24, as taxas de juros deverão retomar um ciclo de aumento na próxima semana, de +1,5 p.p. até 25 de janeiro, de acordo com a corretora.
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Dessa forma, a XP acredita que uma recuperação mais sólida das categorias de bens duráveis deve demorar mais, dada sua forte correlação com os níveis de juros. Por outro lado, o fortalecimento gradual da oferta de crédito (como o CDC digital) deve sustentar uma recuperação lenta do 1P (frente que vende diretamente para o consumidor final).
A XP também elevou a estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 9% para 2024 e 4% no próximo ano, tendo vista o forte forte foco em rentabilidade da companhia, que atingiu uma margem EBITDA de 8%.
De acordo com a análise, a evolução da margem foi sustentada pela recuperação das lojas físicas, aumentos de preços no 1P, aumento dos serviços e ajustes comerciais e corporativos.
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Em termos de alavancagem, segundo relatório, a companhia reverteu a tendência de queima de caixa, levando a uma alavancagem de 1,3 vez Dívida Líquida/EBITDA no 2T24.
Com relação a parceria entre Magalu e AliExpress, destacada como potencial avenida de crescimento pela diretoria da varejista, a XP estima que a Magazine Luiza já registou mais de 11 mil SKUs na plataforma chinesa, majoritariamente composta por bens duráveis e eletrônicos e com preços em linha com o 1P da própria empresa, mas com o AliExpress permite que os consumidores dividam os pagamentos em 12 vezes (contra 10 vezes da Magalu) a um preço final médio 1% mais baixo. Os produtos do AliExpress também começaram a ser oferecidos na plataforma da Magazine Luiza, embora o lançamento oficial deva ocorrer no próximo mês.