XP recomenda compra de ação da Cosan (CSAN3) e vê potencial de alta de 108%: “máquina de alocar capital”

Os analistas ressaltam que, embora gostem das "partes da Cosan", gostam ainda mais da holding.

Equipe InfoMoney

Cosan (Foto: Reprodução/RI Cosan)
Cosan (Foto: Reprodução/RI Cosan)

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A XP iniciou a sua cobertura para as ações da Cosan (CSAN3) com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 31,80 por ação para o final de 2023, configurando um potencial de valorização de 108% em relação ao fechamento da véspera.

Em relatório chamado “A Máquina de Alocação de Capital”, a equipe de analistas destaca que o preço-alvo é baseado em uma avaliação de Soma das Partes (Sum of the Parts – “SOTP”), que é composta pelas participações da Cosan na Raízen (RAIZ4), Vale (VALE3), Compass, Rumo (RAIL3), Moove e Cosan Investimentos.

Os analistas apontam que a tese de investimento pode ser resumida da seguinte forma: (i) uma plataforma diversificada de ativos únicos e irreplicáveis; (ii) um histórico excepcional de alocação eficiente de capital; (iii) uma mentalidade de longo prazo, com várias opcionalidades de crescimento entre seus ativos.

“Em geral, vemos boas razões para investir diretamente na Cosan, para além do valor de suas partes. O investimento direto é a melhor maneira de se alinhar com o acionista controlador e se beneficiar de sua expertise em alocação de capital. Além disso, a Cosan é o único veículo disponível para investir na Compass e Moove”, avaliam os analistas.

Eles destacam o “excepcional” histórico de alocação eficiente de capital e portfólio único de ativos, apontando que a holding alcançou um sucesso notável por meio de acordos inovadores para construir seu portfólio, que é composto” por um grupo de ativos distintos e irreplicáveis em setores chave no Brasil”.

Os analistas ressaltam que, embora gostem das “partes da Cosan”, gostam ainda mais da holding.

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No entanto, ponderam, esta não é uma tese de investimento trivial. Ao longo dos anos, a Cosan se tornou um dos casos de investimento mais complexos de se analisar no Brasil. Também vemos um possível descompasso ao longo do tempo: a Cosan escolhe alocar capital pensando em retornos ao longo de décadas, enquanto a maioria dos investidores tem um horizonte de investimento muito mais curto”, avalia.

Entre os principais riscos, destaca que cada empresa investida tem seus próprios (no entanto, olhando pelos olhos da holding Cosan, esses riscos individuais diminuem). Nesta fase, a alavancagem aparece como um dos principais para o caso, especialmente em um cenário de altas taxas de juros.