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A depreciação de dólar em dezembro pode ter sido exagerada, destaca a XP em novo relatório sobre o cenário cambial. A parcial recuperação no início de 2025 demonstraria, para economistas da XP, que a moeda continua mais fraca do que os fundamentos sugerem e que a queda não seria causada por mudança estrutural.
A casa alterou sua projeção para o dólar e agora propõe a moeda em patamares mais baixos, na comparação com o real, do que as estimativas anteriores. Antes, a projeção para fim de 2025 estava em R$ 6,20 e, agora, fica em R$ 6,00. Para 2026, a estimativa foi para R$ 6,20 dos R$ 6,40 anteriores.
A XP elenca, através de modelagem econométrica, cinco cenários para fim de 2025:
- Cenário otimista – R$ 5,40
- Cenário intermediário – R$ 5,75
- Cenário base – R$ 5,90
- Cenário intermediário – R$ 6,00
- Cenário pessimista – R$ 6,45
Entre os fatores que compõem a análise estão flutuações de curto prazo impulsionadas pelo risco do mercado doméstico. O índice dólar, para a casa, perdeu importância no fim de janeiro como fatores observado, ao contrário do índice de commodities CRB, que tem sido fator de influência relevante desde novembro de 2024.
Desalinhamento com fundamentos
A equipe econômica da XP destaca que o modelo de Taxa de Câmbio Efetiva utilizado demonstra que fundamentos econômicos justificariam um real mais valorizado. “A taxa de câmbio “equilibrada” estaria no intervalo de aproximadamente BRL/USD (real/dólar_ 5,15 a BRL/USD 5,60, com uma média de cerca de BRL/USD 5,45”, afirma.
Ainda assim, os economistas defendem que a taxa de câmbio nominal segue sob pressão no curto prazo.
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“O real se desviou de outras moedas de mercados emergentes desde meados de 2024, mostrando uma correlação mais fraca em meio ao aumento da incerteza doméstica. Essa tendência é semelhante àquelas observadas em ciclos eleitorais anteriores”, diz o relatório.