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A XP Investimentos elevou a recomendação para ações das administradoras de rodovias CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) de neutro para compra.
A equipe de análise apontou que está mais construtiva com o cenário macro, permitindo (i) tendências saudáveis de tráfego, redução significativa do risco de capex (investimento) e taxas de juros mais baixas (benéficas para ações alavancadas e bond-proxy).
Em um contexto específico do setor, a instituição financeira ressalta que o cronograma de novos projetos permanece forte, embora as empresas listadas indiquem uma seletividade saudável na futura alocação de capital e o ambiente regulatório é construtivo para a resolução de concessões problemáticas.
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Para CCR, além das melhorias macroeconômicas mencionadas, a XP reconhece as melhorias no cenário micro da empresa, com governança aprimorada, decorrente de uma mudança positiva na propriedade (Andrade Gutierrez sendo substituída por Itaúsa/Votorantim no bloco de controle, encerrando um problema de longa data) e altos padrões de gestão (primeiramente com uma nova cultura desenvolvida durante o mandato de Marco Cauduro, para a qual analistas esperam uma transição tranquila sob a administração atual de Miguel Setas).
A equipe de research também destaca que entre as melhorias macro recentes que fundamentam a visão mais construtiva para o setor está a normalização da inflação com os preços de commodities/construção reduzindo a diferença criada nos últimos anos em relação aos índices de inflação tradicionais e mais amplos (que são a base para os reajustes tarifários da CCR).
De acordo com cálculos da XP, a CCR atingiu um pico de R$ 2,7 bilhões em risco de ultrapassagem de custos no 2T22 (11% da capitalização de mercado na época), o que foi totalmente revertido com a recente deflação dos preços dos insumos.
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Em termos de avaliação, a XP instituiu um preço-alvo para o final de 2024 de R$ 17 para CCRO3, o que representa um potencial de alta de 35% em relação ao fechamento de sexta, pois vê a CCR negociando com uma taxa interna de retorno (TIR) real de patrimônio líquido de 12,7% (+7,6 pontos percentuais, ou p.p., em relação aos 5,1% dos títulos livres de risco do Brasil, em comparação com um spread histórico de cerca de 1,5 p.p.).
Já com relação a Ecorodovias, a XP elevou o preço-alvo de R$ 6 para R$ 10,80 no final de 2024, representando um potencial de valorização de 36%. “A ação da companhia está sendo negociada com uma TIR real de patrimônio líquido de 11,9% (+6,8 p.p. em relação aos 5,1% dos títulos livres de risco do Brasil, em comparação com um spread histórico de cerca de 4,0 p.p.).”
Segundo o relatório, a razão mais relevante por trás da visão mais construtiva é a redução do risco da Ecorodovias em relação à ultrapassagem de custos de investimento (embora os investimentos comprometidos permaneçam extremamente altos [10 vezes em relação à capitalização de mercado]).
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Além disso, analistas veem melhores condições macroeconômicas, permitindo (i) dinâmicas saudáveis no tráfego (+4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior), bem como um cenário financeiro favorável com a queda das taxas de juros em um contexto de alta alavancagem.
Por fim, analistas destacam desenvolvimentos corporativos relevantes desde a consolidação do controle da Ecorodovias pelo Gruppo Gavio, culminando na definição da alta administração, com o anúncio dos cargos de CEO e CFO, bem como a resolução de importantes reequilíbrios regulatórios com a autoridade concedente.
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