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A XP revisou a sua cobertura para o setor de papel e celulose, elevando a recomendação de neutro para compra para Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3) e reiterando compra para a Suzano (SUZB3).
Os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernando Urbano, que assinam o relatório, apontam que, como em outras commodities, os preços da celulose são cíclicos, e a incerteza quanto à magnitude e à duração da atual queda é a principal preocupação dos investidores.
“No entanto, com recentes indicações de estabilização de preços e uma visão estrutural positiva para os preços, estamos otimistas em adicionar exposição ao setor de papel e celulose, com a Suzano como nossa top-pick [preferida], que consideramos atraente por várias métricas”, ressaltam os analistas.
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Com uma perspectiva sólida para volumes/preços de papel/embalagem no Brasil, a XP atualizou Klabin e Irani para compra, com uma história de desalavancagem para impulsionar o potencial de valorização da Klabin e o crescimento dos lucros da Irani, apoiado pela continuidade da ramp-up (início de produção) da Gaia ao longo de 2025-2026.
Para a equipe de análise, a atual queda nos preços da celulose é frequentemente mencionada como a principal preocupação dos investidores, especialmente em relação à sua magnitude e ao tempo.
No entanto, com as recentes indicações apontando para uma estabilização de preços no curto prazo e uma visão estrutural positiva para os preços da celulose, dadas as condições de oferta-demanda no futuro (que espera que se tornem mais apertadas devido à baixa disponibilidade de terras e/ou altos custos de chips de madeira, limitando a expansão da capacidade integrada na China). Assim, acredita que agora é o momento de aumentar a exposição ao setor de Papel e Celulose.
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Veja as teses para as ações:
Suzano (SUZB3)
A recomendação para a Suzano é de compra, com preço-alvo de R$ 85, ou potencial de alta de 56% frente o fechamento de quarta-feira.
Com perspectiva positiva para os preços da celulose, a XP vê a Suzano bem posicionada para capitalizar um potencial ponto de inflexão no ciclo da celulose. Além disso, com o fluxo de caixa incremental significativo após a ramp-up do Cerrado, a corretora vê indícios, como recompra de ações e aquisições estratégicas menores, mitigando a percepção deteriorada de alocação de capital após os rumores sobre a aquisição da IP. Por fim, considera a Suzano atraente por várias métricas.
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Klabin (KLBN11)
A XP vê a Klabin se beneficiando da perspectiva positiva para os preços da celulose, juntamente com um melhor desempenho em seus negócios de papel e embalagem. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 27 (upside de 33%).
Além disso, após a aquisição de Caetê e considerando a ramp-up dos projetos em andamento (PM#27, PM#28 e Figueira), espera que a redução da alavancagem e a expansão do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) sustentem o potencial de valorização, sem mudanças significativas nos múltiplos de avaliação.
Irani (RANI3)
A recomendação é de compra para Irani, com preço-alvo de R$ 9,50 (upside de 30%). Dada a total exposição ao mercado de embalagens brasileiro, a Irani também se beneficia de um ambiente de demanda doméstica melhor para papelão ondulado.
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Nesse sentido, embora os custos mais altos de aparas limitem as melhorias nos lucros no curto prazo, a XP espera que o ambiente de demanda positiva para embalagens e a ramp-up da plataforma Gaia (= mix de produtos e eficiências de custos) sejam os principais motores de crescimento dos lucros nos próximos anos, com os múltiplos de preço sobre lucro da empresa de 9,9-8,1 vezes em 2025-2026 agora considerados atraentes após um desempenho fraco das ações de -27% até agora no ano.