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SÃO PAULO – A XP e o Bank of America iniciaram nesta segunda-feira (30) a cobertura das ações da Multilaser (MLAS3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 15 e R$ 16, respectivamente, o que implica potencial de alta da ordem de 60% e 70,2% ante o fechamento do pregão de sexta-feira (27). Às 10h18 (horário de Brasília), os ativos MLAS3 subiam 2,46%, a R$ 9,59.
Segundo os analistas, a visão positiva é baseada no sólido posicionamento de mercado, sustentado por um portfólio diversificado, bem como pelo lançamento “assertivo e constante” de produtos. Uma rede de produção e distribuição robusta também aparece entre as justificativas das casas.
Além de ser uma das fabricantes de menor custo em cada categoria em que atua, a Multilaser também possui marcas próprias nichadas, além de parcerias e licenciamentos com multinacionais. Para a XP, isso permite à empresa ter um amplo posicionamento de preço e consistente participação de mercado em diversas categorias.
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O time de análise chama atenção ainda para os mais de 1,5 mil representantes de vendas e profissionais de trade marketing espalhados pelo território brasileiro, além de três plantas de produção. “Esta sólida base de distribuição e produção permite que a companhia seja mais competitiva que suas concorrentes, dado que seu ganho de escala é amplificado pelo portfólio diversificado”, escreve, em relatório.
Na avaliação da XP, a companhia possui um valuation “atrativo”, com a ação negociando a 8,5 vezes o preço sobre lucro, um desconto de 36% ante pares. “Acreditamos que a performance do papel desde o IPO (queda de 16% na Bolsa desde então) é explicada por um movimento macro que penalizou todos os IPOs recentes por conta da menor liquidez desses papéis e, portanto, vemos como injustificada”, escrevem os analistas.
Entre os principais catalisadores para a companhia no curto prazo, a XP cita novos acordos de parcerias e licenciamentos – que podem ser acelerados frente às incertezas macro e política –, bem como, o mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). A avaliação é de que ambos fortaleceriam e complementariam o atual portfólio da Multilaser.
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Entre os softwares proprietários da companhia que podem ser utilizados para alavancar as operações da Multilaser, a XP cita o Mercury e o Multiplik. Enquanto o primeiro ajuda a melhorar a assertividade dos representantes de vendas da Multilaser, o segundo é um aplicativo que incentiva os vendedores no ponto de venda a comercializarem os produtos da companhia.
Risco-retorno “excepcional”
Na avaliação do BofA, a relação entre risco e retorno para os papéis MLAS3 é “excepcional”.
O time avalia que os papéis estão descontados em relação a pares domésticos e internacionais, devido às percepções de ciclicidade, excesso de dependência de incentivos fiscais e baixas barreiras de entrada.
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Segundo os analistas, a companhia desfruta de um “rico conjunto de oportunidades em termos de expansão de marca, novas categorias e acordos de licenciamento, aquisições, expansão geográfica e crescimento da participação de mercado”.
Além disso, as recentes saídas do mercado local de empresas como ZTE Corp, Sony e LG evidenciam as grandes dificuldades de se operar no Brasil e são um elemento-chave para o ambiente competitivo da Multilaser, escreve o banco.
O BofA espera que melhorias tecnológicas e de conectividade sustentem ciclos de produtos acelerados e novas inovações em todo o escopo da Multilaser.
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